Confiança de empresários da indústria atinge melhor nível em 5 meses
O dado consta da pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16/2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI)
atualizado
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) aumentou 3 pontos em relação a janeiro e alcançou os 53,1 neste mês, melhor nível desde setembro do ano passado. O dado consta da pesquisa divulgada nesta quinta-feira (16/2) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Com isso, o indicador ultrapassou a linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. Na comparação com fevereiro de 2016, o Índice subiu 16.
O ICEI ficou acima dos 50 pontos pelo segundo mês consecutivo. A confiança é maior nas grandes empresas, segmento em que o índice alcançou 55,5. Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100. Quando ficam acima de 50 pontos mostram empresários confiantes.
A recuperação da confiança, observa a CNI, é resultado, especialmente, da melhora das perspectivas dos empresários sobre a situação das empresas e da economia nos próximos seis meses. O indicador de expectativas em relação à situação das empresas atingiu 59,4 pontos, o maior valor desde outubro de 2016. O indicador de previsões para o desempenho da economia subiu para 53,7 neste mês.A pesquisa mostra ainda que os empresários ainda não recuperaram, por completo, a confiança no desempenho atual da economia e das empresas. “Mas a falta de confiança está menos intensa e menos disseminada. Os empresários percebem que o pior ficou para trás”, diz o economista da CNI, Marcelo Azevedo. O índice de condições atuais ficou em 44,7 pontos neste mês, abaixo dos 50. Mas está 3,5 acima do registrado em janeiro e 15,8 maior do que o de fevereiro de 2016.
“A melhora da confiança é disseminada entre todos os setores das indústrias extrativa, de transformação e da construção”, informa a pesquisa. Neste mês, o ICEI ficou abaixo dos 50 pontos em apenas sete dos 32 setores pesquisados. Em janeiro, faltava confiança em 21 setores.
O ICEI é importante, pois antecipa tendências de produção e de investimento. Empresários confiantes acreditam no aumento do consumo e da produção, voltam a contratar a fazer investimentos, explica Azevedo. Com isso, a economia volta a crescer.