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Embraer anuncia encomenda de 8 jatos, avaliados em US$ 660 mi

Negociação foi anunciada pela empresa durante Dubai Airshow; aviões serão vendidos para companhias aéreas da Nigéria e Egito

atualizado

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1 de 1 imagem colorida avião decolando em pista com logotipo da Embraer - Foto: Divulgação

A Embraer anunciou neste domingo (17/11/2019), no Dubai Airshow 2019, que recebeu seis pedidos firmes de jatos. Um dos acordos é com a Air Peace, maior companhia aérea da Nigéria e da África ocidental, para três jatos E195-E2. A aérea já havia encomendado 10 aviões do mesmo modelo em abril. Outros três pedidos foram de aeronaves E190 e feitos pela CIAF Leasing, sediada no Cairo. Ao todo, os novos pedidos somam US$ 374 milhões, de acordo com a Embraer.

Com o novo pedido, a Air Peace tem 13 encomendas dos jatos E195-E2, com 17 direitos de compra para o mesmo modelo. A previsão é de que a primeira entrega aconteça no segundo trimestre de 2020. Os jatos serão configurados para 124 assentos. A Air Peace opera mais de 20 rotas locais, regionais e internacionais, bem como seis jatos ERJ145 da Embraer por meio da subsidiária Air Peace Hopper desde o ano passado, em rotas curtas.

A CIAF Leasing, por sua vez, possui três jatos E170, dois deles arrendados pela Jasmin Airways e um pela Air Cairo. Além disso, a companhia deve receber dois E195 em meados de novembro, de acordo com a Embraer. As três aeronaves, cujo pedido firme foi anunciado neste domingo, serão entregues no quarto trimestre do ano que vem. A fabricante não deu detalhes sobre a configuração interna dos modelos.

Os pedidos da Air Peace estão avaliados em US$ 212,6 milhões, enquanto que os da CIAF chegam a US$ 164,1 milhões. Ambos serão adicionados à carteira de pedidos (backlog) da Embraer do quarto trimestre de 2019.

A empresa também anunciou um acordo para a compra de duas aeronaves 787-9 pela Biman Bangladesh, em um valor total de US$ 292,5 milhões. O anúncio foi o único da companhia no evento, contrastando com o acordo de compra de 40 787-10 Dreamliners pela Emirates divulgado na última edição do evento, em 2017, e avaliado em US$ 15,1 bilhões.

O valor também contrasta com os pedidos de US$ 140 bilhões anunciados logo no início da edição de 2013 do evento, que aconteceu antes da queda global dos preços do petróleo, que espalhou uma desaceleração do crescimento econômico em regiões do Golfo Pérsico, onde estão sediadas algumas das maiores companhias do Oriente Médio.

A maior empresa da região, a Emirates, recentemente assinou um compromisso de adquirir 70 novos aviões da Airbus, avaliados em US$ 21,4 bilhões, com entregas pelos próximos cinco anos. A empresa reportou lucros significativamente mais baixos no último ano, de US$ 237 milhões, devido ao aumento nos preços de combustível no fim de 2018, a um dólar mais forte, menor demanda por viagens e por transporte de cargas.

A Boeing utiliza o Dubai Airshow deste ano para mostrar preocupação com a segurança após dois acidentes com o Boeing 737 Max, que mataram 346 pessoas. As aeronaves do mesmo modelo foram retiradas de operação em todo o mundo, impactando empresas como a flydubai, que operava aviões do mesmo modelo e tinha encomendas de mais de 230 unidades.

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