Em baixa, uso de cheques tem queda de 94% desde 1995, diz Febraban
De acordo com a Febraban, os meios digitais são os principais responsáveis pelo desuso dos cheques em transações financeiras
atualizado
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Os brasileiros ano após ano estão parando de usar cheques para realizar pagamentos. Em 2022, foram compensados 202,8 milhões de documentos, uma queda de 7,3% em relação ao ano anterior, já na comparação com 1995, início da série histórica, quando foram compensados 3,3 bilhões de cheques, a queda é de 94%.
Os dados são da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) com base no Serviço de Compensação de Cheques (Compe) divulgados nesta terça-feira (24/1).
De acordo com a Febraban, o principal fator para os cheques caírem em desuso é o avanço dos meios de pagamento digitais, como internet e mobile baking, e a criação do Pix em 2020. “Atualmente, sete em cada dez transações bancárias no país são feitas pelos canais digitais, um reflexo da comodidade, velocidade e segurança oferecidas por estes meios de pagamentos”, disse Walter Faria, diretor-adjunto de Serviços da Febraban
Apesar da redução do número de cheques compensados no último ano, o total do volume financeiro dos documentos permaneceu estável passando de R$ 667 bilhões em 2021 para R$ 666,8 bilhões no ano passado.
Altos valores
A Febraban explicou que apesar da mudança para o digital no comportamento dos correntistas, as população ainda usa os cheques como uma forma de pagamento para valores robustos. O levantamento mostrou que de 2021 para 2022, passou de R$ 3.046,52 para R$ 3.257,88, respectivamente.
“Os números mostram que a população está usando o cheque para transações de maior valor, enquanto o Pix é utilizado como meio de pagamento para transações de menor valor, como por exemplo, em compras com profissionais autônomos, e também para acertar pequenos débitos familiares ou entre amigos”, avalia Walter Faria.