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Em ata, Copom diz não hesitará em retomar ciclo da alta de juros

Colegiado do Banco Central avalia cenário externo adverso em meio ao aperto monetário internacional, guerra e desaceleração chinesa

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O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado
1 de 1 O economista Roberto de Oliveira Campos Neto, indicado pela presidência da República para o cargo de presidente do Banco Central, durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Comitê de Política Econômica (Copom) do Banco Central (BC) divulgou nesta terça-feira (27/9) a ata de sua última reunião que “travou” a taxa Selic em 13,75%. Porém, o colegiado não descarta novos aumentos caso a desinflação não transcorra como o esperado. 

“O Comitê enfatiza que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”, diz o documento.

O texto mostra que o grupo avaliará, nos próximos meses, o aperto da política monetária dos países desenvolvidos, que ocorre de forma “sincronizada” para conter o avanço da inflação. Esse movimento de impactar “as expectativas de crescimento econômico e elevando o risco de movimentos abruptos de reprecificação nos mercados”. Ou seja, o Copom espera que, com a elevação dos juros, haja uma desaceleração do crescimento econômico. 

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Em outras palavras, se há  aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país

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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda

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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles

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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras

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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas

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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda

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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros

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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas

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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido

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Além disso, o comitê também vai considerar os impactos econômicos da restrição do fornecimento de gás natural à Europa, política de “tolerância zero” contra a Covid-19 na China e a Guerra na Ucrânia nos próximos trimestres.

A desaceleração econômica do gigante asiático é considerada um fator de preocupação da instituição no documento divulgado hoje. Principal parceiro comercial do Brasil, a China deverá crescer este ano 2,8%, projetou o Banco Mundial. A expansão do país só voltará no próximo ano. 

Apesar das preocupações externas, no âmbito doméstico, a economia brasileira apresentou ritmo acelerado acima do esperado no segundo trimestre. O Boletim Focus, divulgado nesta segunda, projeta uma inflação para este ano de 5,88% e o governo espera fechar o ano superavitário.

Votaram pela manutenção do juros em 13,25%: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente do BC), Bruno Serra Fernandes, Carolina de Assis Barros, Diogo Abry Guillen, Maurício Costa de Moura, Otávio Ribeiro Damaso e Paulo Sérgio Neves de Souza. 

Votaram por uma elevação de 0,25 ponto percentual: Fernanda Magalhães Rumenos Guardado e Renato Dias de Brito Gomes.

 

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