Eletrobras: acionistas aprovam processo de privatização da empresa
Com o aval da assembleia, o próximo passo para a operação sair do papel é a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU)
atualizado
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O projeto de privatização da Eletrobras foi aprovado, nesta terça-feira (22/2), pelos acionistas da empresa, reunidos em Assembleia Geral Extraordinária (AGE)
A assembleia foi marcada por um grande número de abstenções e realizada virtualmente por causa da pandemia. Os acionistas aprovaram a cisão das subsidiárias Eletronuclear e da usina hidrelétrica binacional de Itaipu, a capitalização da empresa em bolsas de valores, com diluição da participação da União, e as condições financeiras para que a privatização aconteça.
Ficou decidido que a capitalização da Eletrobras, via oferta pública primária de ações e American Depositary Receipts (ADRs), permite uma diluição do capital votante da União a 45%. As informações são do Estadão.
Além disso, os acionistas aprovaram ainda a reestruturação societária da estatal, com a criação da Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar), que será a responsável pela Itaipu e pela Eletronuclear.
Com o aval da assembleia, o próximo passo para a operação sair do papel é a aprovação pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O BNDES, que é o responsável pelo processo de venda da estatal, já teria definido o preço, e o aval do TCU deverá ocorrer até o fim de março. Após isso, o Planalto espera concluir a venda da Eletrobras até maio.
Processo de privatização
Na última terça-feira (15/2), o TCU aprovou a primeira etapa do processo de privatização da Eletrobras, que o governo pretende efetivar até maio deste ano.
Na ocasião, foram seis votos a favor e uma manifestação contrária, do ministro Vital do Rêgo. Somente sete ministros votaram neste processo, ainda que o TCU seja integrado por nove.