Efeito transição: Bolsa despenca e dólar salta para R$ 5,17
Investidores repercutem as dúvidas referentes à transição e a composição da Esplanada dos Ministérios, principalmente na Fazenda
atualizado
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O Ibovespa derreteu em 2,38% e foi negociado aos 115.342 pontos no fechamento desta segunda-feira (7/11). O dólar encerrou o dia em forte alta de 2,22% e cotado a R$ 5,17. Esse é o maior patamar para a moeda norte-americana desde 31 de outubro, quando fechou o dia a R$ 5,16.
Os investidores repercutem as preocupações referentes à transição de governo e a composição da Esplanada dos Ministérios, principalmente na Fazenda. O mercado pressiona o governo para que a pasta seja ocupada por um nome técnico, como o de Armínio Fraga ou Henrique Meirelles.
Porém, há a possibilidade do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), escolher um nome mais político, como o ex-prefeito e candidato derrotado ao Governo de São Paulo deste ano, Fernando Haddad. Em complemento, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, é cotada para assumir o Planejamento.
Outra preocupação que ronda as casas de investimento é a proposta de emenda à Constituição (PEC) da Transição que pode furar o teto em até R$ 200 bilhões. O temor é que o governo prejudique a saúde fiscal do país para cumprir promessas de campanha, antes mesmo de assumir a cadeira.
Petrobras
As ações preferenciais da Petrobras caíram 4,06% no fechamento devido à falta de resolução sobre o futuro dos dividendos a serem pagos aos acionistas da estatal de capital misto.
Hoje, o presidente em exercício do Tribunal de Contas da União (TCU), ministro Bruno Dantas, disse que nenhuma decisão sobre a distribuição de dividendos da Petrobras será tomada nesta semana.