Efeito coronavírus: dólar vai a R$ 4,44; Ibovespa cai mais de 7%
O avanço do Covid-19 fora da China, principalmente na Europa, impactou negativamente os ativos internacionais
atualizado
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O avanço do novo coronavírus (Covid-19) em em diversos países impactou negativamente os ativos internacionais (commodities, ações, moedas, ETFs e índices). No Brasil, onde foi confirmado o primeiro caso de infecção pelo coronavírus, o dólar, nesta quarta-feira de Cinzas (26/02/2020), fechou no valor de R$ 4,4413 – com alta de 1,14%, depois de alcançar o recorde da cotação nominal no país (R$ 4,4475).
O dólar começou o pregão desta quarta-feira (26/02/2020) cotado a R$ 4,4120, em meio a ajustes pós-Carnaval, quando os ativos computaram perdas fortes devido à disseminação do coronavírus fora da China.
A moeda norte-americana atingiu R$ 4,4245 e, às 13h15, tinha alta de 0,66%, cotada a R$ 4,4215. Logo depois, chegou a R$ 4,4475.
O Banco Central (BC) interferiu para conter a alta da moeda norte-americana e anunciou leilão das 13h30 às 13h40 de até 10 mil contratos de swap cambial, em um total de US$ 500 milhões.
Ibovespa
O Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) abriu a tarde desta quarta-feira com uma queda de 4,81%, segundo registro feito às 13h17. Na última sexta-feira (21/02/2020), a bolsa brasileira fechou em 113,6 mil pontos e abriu nesta quarta, devido ao feriado, com 108,3 mil pontos.
Às 14h06, o índice cedia 5,40%, caindo aos 107.537,33 pontos. As perdas se intensificaram e o recuo chegou a 7,04% – 105.683,24 pontos.
O economista e assessor de investimentos da G2W, Vitor Hugo Fonseca, avalia que a queda na bolsa brasileira era esperada pelo mercado, pois estava fechada desde a última sexta-feira. “Era uma visão esperada. A bolsa caiu muito forte lá fora. O coronavírus chegou forte na Itália, e o primeiro caso foi confirmado no Brasil”, explica.
O especialista destacou que a atitude do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ao compartilhar ato a favor do governo federal, não teve tanto efeito até o momento. “Hoje, o impacto maior é o coronavírus”, complementa. (Com informações da Agência Estado)