Economia zera taxas de importação de milho e óleo para conter alta no setor
Decisão foi tomada nessa sexta-feira (16/10), durante a 175ª Reunião Extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex)
atualizado
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O governo decidiu zerar a alíquota do imposto de importação para a soja e o milho em uma tentativa de conter a alta de preços no setor de alimento.
A decisão, tomada pelo Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex), foi divulgada neste sábado (17/10) pelo Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes.
A Camex é responsável por definir alíquotas dos impostos de importação e exportação, fixar medidas de defesa comercial, internalizar regras de origem de acordos comerciais, entre outras atribuições.
No caso da soja, a redução temporária será válida até 15 de janeiro do próximo ano e abarcará o grão, farelo e óleo de soja. Já o milho teve redução de 8% para 0%, válida até 31 de março.
A decisão foi tomada nessa sexta-feira (16/10), na 175ª Reunião Extraordinária do Gecex. As propostas foram apresentadas pelas pastas da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Economia.
“Ambas as medidas têm como motivação conter a alta de preços no setor de alimentos”, explicou o Ministério da Economia, em nota.
Puxada novamente pela alta nos preços dos alimentos e dos combustíveis, a inflação — medida pelo IPCA — subiu 0,64% em setembro e ficou acima da taxa registrada em agosto (0,24%).
Esse foi o maior resultado para um mês de setembro desde 2003, quando o indicador foi de 0,78%. No ano, a inflação acumula alta de 1,34% e, nos últimos 12 meses, de 3,14%, segundo o IBGE.
A maior variação e o maior impacto no IPCA vieram do grupo alimentação e bebidas, puxados principalmente por causa do aumento nos preços do óleo de soja (27,54%) e do arroz (17,98%).