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E-commerce deslancha com quarentena. Veja dicas de como vender on-line

O Brasil registrou R$ 670 milhões em vendas em junho de 2020, de acordo com informações da Receita Federal

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Mulher fazendo compras em loja virtual de roupas, calçados e acessórios
1 de 1 Mulher fazendo compras em loja virtual de roupas, calçados e acessórios - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

Com lojas fechas e a necessidade de ficar em casa, durante este momento de pandemia do coronavírus, o comércio eletrônico – ou e-commerce – ganho força e passou a ser uma das melhores opções de venda e compra. De acordo com a Receita Federal, esse tipo de transação comercial registrou R$ 670 milhões em vendas em junho, em todo o país. Em relação ao mesmo mês de 2019, a média diária de vendas no seguimento em 2020 cresceu 73%.

É o que confirma Fernanda Munhoz, de 23 anos, fundadora da loja virtual Ella de Prata, que vende para todo o Brasil pelo site e pelo o Instragram e já tem mais de 18 mil seguidores. “Eu fiquei desesperada no inicio da pandemia, pensei que iriamos entrar em uma crise muito forte, mas surpreendentemente o meu faturamento aumentou cerca de 400%”. Fernanda justifica que com as lojas físicas fechadas teve uma alta nos pedidos para o Dia das Mães e o Dia dos Namorados.

Para ela, esse modelo de compras tem muitas vantagens: “O e-commerce é muito confortável. Na internet, você consegue comparar preços em vários sites diferentes, além de fretes e condições de pagamento”.

Fernanda Munhoz também se diz muito otimista e acredita que os clientes que conquistou vão continuar mesmo no pós-pandemia. “O e-commerce é o presente”, avalia.

Dicas

“O e-commerce não é fácil, a sua vitrine é a internet, as fotos vendem”, é com essa frase que a dona da Ella de Prata incentiva o investimento em ensaios fotográficos e no marketing em geral. “As pessoas não vão descobrir o seu site se você não investir em campanhas. Elas têm que lembrar da sua marca”, afirma.

Outra dica é juntar um dinheiro para investir na estética: “Tem custos, pagar para aparecer, como a hospedagem do site, o sistema de maquinas de cartão de crédito e embalagens”. Para Fernanda Munhoz, a entrega do produto também tem que ser especial. “O cliente quando recebe a compra tem que se sentir presenteado por ele mesmo, então também vale investir em uma boa embalagem”, ressalta a empreendedora.

A terceira dica que Fernanda Munhoz lembra é a importância de estudar o seu público, selecionar o nicho e quem sabe fazer parcerias com influenciadores digitais: “Tem muito a questão do boca a boca”.

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Ella de Prata, que vende para todo o Brasil  pelo site e pelo o Instragram, já tem mais de 18 mil seguidores.
Suspeita é que o mercado tenha alugado o estacionamento para a operação
Durante a pandemia, o setor de varejo registrou um aumento de 16%
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O comércio eletrônico no país registrou R$ 670 milhões em vendas em junho

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Ella de Prata, que vende para todo o Brasil  pelo site e pelo o Instragram, já tem mais de 18 mil seguidores.

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Suspeita é que o mercado tenha alugado o estacionamento para a operação

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Durante a pandemia, o setor de varejo registrou um aumento de 16%

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Vantagens

Fernanda Munhoz conta que a sua história de relação ao empreendedorismo começou ainda na faculdade: “A loja surgiu como uma renda extra, já que não tinha tempo de ficar em casa. Antes mesmo de ter a marca, eu vendia na OLXEnjoei“.

A empreendedora também fala das vantagens em ter uma conta on-line: “É fácil começar pelo Instagram, porém exige mais atenção, para fechar venda. Já no site, você vende dormindo: a pessoa vai lá faz toda a compra, passa o cartão”.

Alta no varejo

Outro setor que teve uma grande alta de vendas on-lines foi o de varejo, mais especificamente no que diz respeito a supermercados. De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o setor registrou um aumento de 16% e a taxa de conversão média (que mede as visitas ao site que resultaram em compras) aumentou 8,1%.

O GPA, grupo responsável pelas bandeiras Pão de Açúcar, Extra e Assaí Atacadista, já lançou cinco centros de distribuição de e-commerce no Brasil: dois em São Paulo, dois em Rio de Janeiro e um em Brasília.

O cenário econômico também ajudou na abertura de novos empregos: “Entre março e abril, contratamos mil pessoas, somente para a operação do e-commerce, tanto nas lojas quanto nos centros de distribuição”, afirmou o grupo, em nota enviada ao Metrópoles.

A iniciativa deu tão certo que já está prevista a abertura de mais três centros de distribuição, ainda este ano, em Pernambuco, Ceará e Minas Gerais. Esses pontos deverão gerar aproximadamente 500 empregos, com probabilidade de aumento de acordo com a demanda operacional.

“O e-commerce do GPA estava crescendo por volta de 40% nos últimos dois anos. No primeiro trimestre de 2020, o crescimento foi de 82% em vendas e de 150% em número de pedidos”, comemora o grupo.

O novo comprador on-line

Lucas Trindade, estudante Engenharia Elétrica (UNB,) é uma dentre milhares de pessoas que, dadas as circunstâncias, decidiram fazer uma compra on-line. “Como eu fiz a compra em abril, já havia muitos estabelecimentos comerciais fechados e preferi não sair de casa, uma vez que não era uma compra essencial. Para mim, não valia a pena o risco de contaminação para procurar o produto em uma loja física”, afirma o universitário.

Sobre a experiencia, Lucas diz que se surpreendeu. “Achei que foi uma ótima experiência eu fiz o pagamento do produto em um dia e já havia recebido no dia seguinte. Me surpreendi com a rapidez da entrega”, afirma.

“A minha família, de maneira geral, tem adotado esse método para fazer as compras. No momento, o único estabelecimento comercial físico que a gente frequenta é o mercado, para comprar algum produto essencial que a gente não poderia esperar pela entrega”, ressalta.

A experiencia foi tão boa que o estudante acrescenta: “Quando terminar a pandemia, eu pretendo continuar fazendo compras on-line, porque posso fazer sem sair de casa, além de ter uma variedade maior de preço e os produtos serem normalmente mais baratos do que em lojas físicas”, diz.

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