Dólar vai a R$ 4,25 com temor do coronavírus, mas OMS traz alívio
Ibovespa neutralizou a correção para fechar em leve alta de 0,12%, aos 115.528,04 pontos, na máxima do dia
atualizado
Compartilhar notícia
A epidemia do coronavírus voltou a afetar o mercado mundial de moedas nesta quinta-feira (30/01/2020), dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou emergência internacional, mas se posicionou contra restrições ao comércio e viagens.
O dólar subiu forte nos mercados emergentes e o real foi uma das divisas com pior desempenho, junto com a divisa da Rússia e o rand da África do Sul. No mercado à vista, o dólar fechou com valorização de 0,90%, a R$ 4,2574, maior valor desde 27 de novembro de 2019.
No começo da tarde, a moeda norte-americana chegou a bater em R$ 4,2725, com as mesas de câmbio antecipando que a OMS fosse hoje declarar emergência mundial para a epidemia do coronavírus, o que acabou se confirmando no final da tarde, após atrasos na coletiva de imprensa na Suíça.
Após a confirmação, o dólar acabou reduzindo um pouco os ganhos, no exterior e aqui. A OMS também se opôs “a qualquer restrição de viagens e comércio contra a China”.
Ibovespa
O Ibovespa teve mais um dia de queda aguda logo na abertura, quando saiu dos 115 mil em busca dos 113 mil pontos, passando a ajustes graduais ao longo do dia, que chegaram a colocá-lo na faixa dos 112 mil no início da tarde, com mínima a 112.825,49 pontos.
Ao final, o principal índice da B3 neutralizou a correção para fechar em leve alta de 0,12%, aos 115.528,04 pontos, na máxima do dia. Na semana, o Ibovespa acumula perda de 2,41%, com ajuste negativo a 0,10% no mês. O giro financeiro totalizou R$ 24,8 bilhões.
Durante entrevista coletiva de autoridades da OMS, o Ibovespa conseguiu recuperar a linha dos 114 mil pontos com a melhora de sentimento no exterior, na medida em que a comunicação da OMS veio em linha, em certo momento até melhor do que o mercado antecipava.