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Dólar vai a R$ 3,95 com temor de guerra cambial

A onda de aversão ao risco no mercado internacional não poupou a bolsa brasileira, e o Índice Bovespa caiu

atualizado

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1 de 1 dolar_16 - Foto: Arquivo/Agência Brasil

O temor de uma guerra cambial na economia mundial fez o dólar fechar esta segunda-feira (05/08/2019) no maior nível em mais de dois meses. A moeda norte-americana subiu 1,66% e terminou em R$ 3,9561, a cotação mais alta desde 30 de maio. O nervosismo dos investidores foi reflexo da decisão da China de deixar o dólar romper a marca psicológica dos 7 yuans pela primeira vez desde 2008, movimento que levou o presidente americano a chamar Pequim de “manipulador cambial” e estimular a busca por ativos mais seguros.

A fuga de ativos de risco fez investidores saírem de mercados emergentes e buscarem proteção em ativos no Japão, na Suíça e no ouro, que subiu. Por isso, o dólar se enfraqueceu ante divisas fortes, mas se fortaleceu perante moedas de emergentes, como Colômbia (+2,2%), Índia (+2%), Argentina (+1,8%) e África do Sul (+1,1%).

Um dos reflexos da fuga do risco é que o Credit Default Swap (CDS) de cinco anos do Brasil, termômetro do risco-país, subiu para 142 pontos-base na tarde desta segunda, de 132 pontos dessa sexta-feira (02/08/2019).

A onda de aversão ao risco no mercado internacional não poupou a bolsa brasileira, e o Índice Bovespa por pouco não perdeu o suporte psicológico dos 100 mil pontos, conquistado em junho.

Bolsas caem
Novos sinais de deterioração das relações comerciais entre Estados Unidos e China derrubaram os preços das commodities e as bolsas de Nova York em mais de 3%, sem deixar chance para os papéis de países emergentes. Com isso, o Ibovespa fechou aos 100.097,75 pontos, em queda de 2,51%.

A queda foi praticamente generalizada entre as 66 ações que compõem a carteira teórica do Ibovespa. As exceções foram Marfrig ON (+1,03%) e IRB Brasil Re ON (+0,14%). Profissionais nas mesas de renda variável relataram que as vendas foram claramente comandadas por investidores estrangeiros, tendo os brasileiros como principal contrapartida.

Depois de terem retirado R$ 6,5 bilhões da B3 em julho, o investidor não residente iniciou agosto no mesmo ritmo. Segundo dados da B3, no dia 1º o saldo líquido indicou saída de mais R$ 826,384 milhões.

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