Dólar tem nova alta e fecha no maior nível em 20 dias
Índice Bovespa fecha em queda de 0,17% em pregão de liquidez reduzida: taxa oscilou cerca de 800 pontos entre a máxima e a mínima
atualizado
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Indicadores mais fracos que o esperado da economia alemã e da zona do euro desencadearam nesta segunda-feira (23/09/2019)nova onda de preocupação com a piora da economia mundial. O aumento da aversão ao risco fez investidores deixarem ativos de mercados emergentes, o que contribuiu para novo dia de alta da moeda norte-americana aqui. No mercado à vista, o dólar fechou no maior nível em 20 dias, a R$ 4,1714, em alta de 0,43%.
A percepção de piora da atividade mundial pressionou os preços de algumas commodities. Com isso, as moedas da América Latina, exportadoras destes produtos, tiveram o pior desempenho no mercado financeiro mundial.
O dólar subiu 0,38% na Colômbia, 0,15% no Chile, 0,23% no México e 0,45% na Argentina. Nas divisas fortes, a moeda americana ganhou força ante o euro, a libra e o franco suíço.
Ibovespa
O mercado acionário doméstico abriu a semana em marcha lenta. Em um pregão de liquidez muito reduzida (R$ 11 bilhões), o Ibovespa oscilou cerca de 800 pontos entre a máxima e a mínima, sempre no patamar dos 104 mil pontos. Com diminuição das perdas na reta final dos negócios, o principal índice da B3 encerrou esta segunda-feira em queda de 0,17%, aos 104.637,82 pontos.
Segundo operadores, preocupações com a desaceleração da economia global, em meio a dados fracos da zona do euro e ao impasse comercial entre China e Estados Unidos, mantêm os investidores na defensiva.
No Brasil, tanto a aprovação da reforma da Previdência no Senado (mesmo que com algum atraso e certa desidratação) quanto o ambiente de juros menores já estão, em grande parte, refletidos nos preços das ações. A ata do Copom e o IPCA-15 de setembro, que serão divulgados nesta terça-feira (24/09/2019), devem corroborar o quadro de inflação comportada e espaço para mais cortes da taxa Selic.