Dólar tem alta e fecha em R$ 4,13. Maior valor desde janeiro de 2016
Após dois pregões de baixa, moeda norte-americana sobe 1,38%. Bolsa fecha o dia em queda de 0,59%, acumulando 77.473,18 pontos
atualizado
Compartilhar notícia
Após dois pregões em baixa, o dólar voltou a fechar com forte elevação, superior a 1% e perto dos R$ 4,14, nesta terça-feira (28/8). Esse é o segundo maior valor desde o Plano Real. Para analistas, os dados mostram cautela dos investidores diante das incertezas com o cenário eleitoral doméstico, sobrepondo-se ao ambiente externo mais tranquilo. A moeda americana fechou o dia em alta de 1,38%, cotada a R$ 4,1376.
As preocupações eleitorais também influenciaram o mercado de ações local nesta terça. A Bolsa fechou em queda, com bancos e Petrobras entre as maiores pressões de baixa, descolando do viés relativamente positivo no exterior. O Ibovespa, principal índice de ações da B3, recuou 0,59%, a 77.473,18 pontos.
O valor de fechamento do dólar foi o segundo maior desde a criação do Plano Real, em 1994: o primeiro foi registrado em 21 de janeiro de 2016, quando a moeda fechou o dia cotada a R$ 4,1705. Na época, o mercado refletiu ruídos de comunicação na política monetária do Banco Central, que manteve a taxa Selic em 14,25%, quando agentes do mercado esperavam uma elevação da taxa.
Na máxima do pregão desta terça, registrada pela tarde, a moeda americana chegou a atingir R$ 4,1475, subindo 1,62% em relação ao fechamento de segunda-feira.
“Há muita coisa pela frente”, justificou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva, referindo-se às eleições e a consequente flutuação da moeda estrangeira.