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Dólar sobe quase 1% por causa de cenário externo e noticiário político

Os juros futuros operam em alta nesta terça-feira (5/4), em continuidade ao movimento visto na segunda-feira (4), e sustentados pelo ambiente de incertezas que ronda a imprensa nacional

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1 de 1 RN-Dolar4x1-0000-3-900 - Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

O dólar chegou a subir quase 1% no início desta terça-feira (5/4), pressionado pelo movimento ainda hesitante de recuperação das principais economias mundiais e pelas incertezas que rondam o noticiário político local. Às 9h55, a moeda norte-americana subia 0,87% e era negociada a R$ 3,6491, dando continuidade ao processo de valorização (+1,64%) registrado na segunda-feira (4).

A aversão dos investidores a ativos de maior risco, caso das moedas dos chamados mercados emergentes, ganha força após a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro. O indicador oscilou de 53,3 em fevereiro para 53,1 em março, o pior nível em 15 meses.

A projeção do mercado e a leitura prévia eram de 54. “A economia da zona do euro falhou mais uma vez em mostrar força em março”, salienta o economista-chefe da Markit, Chris Williamson, ao citar que a economia da zona do euro deve ter crescido ao ritmo de 0,3% no primeiro trimestre.

No ambiente local o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff continua em destaque. Na segunda, o ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União (AGU), defendeu a presidente na Comissão Especial de Impeachment.

Após a apresentação da defesa formal, o relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), terá cinco dias para apresentar seu relatório para votação. O deputado, entretanto, já indicou que o parecer poderá ser apresentado na quarta ou na quinta-feira.

Juros
Os juros futuros operam em alta nesta terça-feira, em continuidade ao movimento visto na segunda-feira, e sustentados pelo ambiente de incertezas que ronda o noticiário político nacional. Além disso, as incertezas em relação ao ritmo de crescimento da economia global afetam o dólar e aumentam a aversão a risco.

Às 10h05, o DI para janeiro de 2021 estava em 14,06%, ante 13,98% no ajuste de segunda-feira. O DI para janeiro de 2018 exibia taxa de 13,70%, de 13,66%. O dólar subia mais de 0,7%.

O que se vê no mercado local é que o cenário mais favorável das últimas semanas deu espaço a um movimento de ajuste, em reflexo a uma percepção menos afirmativa em relação ao impeachment de Dilma Rousseff.

Impeachment
Na segunda, o ministro José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da União (AGU), defendeu a presidente na Comissão Especial de Impeachment. O relator do processo, Jovair Arantes (PTB-GO), sinaliza que apresentará o relatório para a votação da comissão na quarta ou na quinta-feira.

Além de preparar a defesa formal contra o pedido de impeachment, o governo federal também se articula para frear o processo caso o impedimento chegue à fase de votação por parte dos parlamentares. Com medo de uma possível traição dos partidos aliados, pessoas do governo defendem que a negociação de cargos com siglas como PSD e PP se estenda até a votação, no plenário da Câmara, do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Lideranças do PMDB, por sua vez, deixaram claro que a decisão da sigla de deixar a base governista não é um consenso. O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB-AM), por exemplo, afirmou que o partido foi precipitado em desembarcar do governo. O líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani (RJ), por sua vez, indicou que a bancada não fechará posição sobre a votação do impeachment. “Não vejo como a bancada poderia impor essa ou aquela posição”, disse.

No ambiente externo as notícias são igualmente desfavoráveis a uma melhoria dos indicadores locais. O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro caiu de 53,3 em fevereiro para 53,1 em março, o pior nível em 15 meses.

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, alertou para os sinais incertos da economia mundial. “A economia global enfrenta um tempo de crescente risco e incerteza”, afirmou. Embora tenha salientado o crescimento da economia mundial, Lagarde pontuou que a tendência é “muito frágil e os riscos para sua durabilidade estão aumentando”.

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