Dólar sobe para R$ 4,12 com perspectiva de juro menor
Ibovespa chegou a superar os 102 mil pontos, com altas firmes de papéis de empresas de commodities e exportadoras
atualizado
Compartilhar notícia
O real destoou de outras moedas nesta quinta-feira (10/10/2019). Em dia de queda do dólar antes divisas fortes e de emergentes, como México, Rússia, África do Sul, a moeda norte-americana chegou a ser negociada aqui a R$ 4,13 na máxima. Profissionais de câmbio ressaltam que novamente a perspectiva de queda dos juros, realimentada após a divulgação de dados decepcionantes das vendas no varejo de agosto, contribuiu para pressionar o câmbio, pois deixa os investimentos no país menos rentáveis. No mercado à vista, o dólar terminou o dia em alta de 0,49%, a R$ 4,1229.
Os estrangeiros estão mostrando mais cautela mesmo para investimentos em ofertas de ações, o que reduz ainda mais a entrada de dólares no Brasil. Na oferta de ações da Vivara, o estrangeiro ficou com 30% dos papéis. Dados da Anbima mostram que os investidores externos ficaram com 44,6% das ofertas de ações este ano até setembro, ante 63,7% no mesmo período do ano passado.
Bolsa de valores
O Ibovespa emendou nesta quinta o segundo pregão consecutivo de alta em dia de apetite externo ao risco, alimentado pelo otimismo com a retomada das negociações comerciais sino-americanas, após declarações positivas do presidente dos EUA, Donald Trump.
No front doméstico, a aprovação pela Câmara, quarta à noite, das regras para partilha dos recursos do megaleilão da cessão onerosa afastou os temores de aumento das tensões políticas e possível atraso na votação final da reforma da Previdência no Senado.
Pela manhã, o Ibovespa chegou a superar os 102 mil pontos, com altas firmes de papéis de empresas de commodities e exportadoras, mas perdeu um pouco do ímpeto ao longo da tarde, em sintonia com o movimento dos índices acionários em Wall Street.
Perdas
Com mínima aos 101.152,12 pontos e máxima aos 102.482,98 pontos, o principal índice da B3 encerrou o pregão aos 101 817,13 pontos, em alta de 0,56%. Com os ganhos quarta e quinta, as perdas acumuladas na semana caíram para 0,72%. Em outubro, o índice ainda acumula desvalorização de 2,80%.