Dólar sobe a R$ 3,74 com perspectiva de corte menor de juros nos EUA
Índice Bovespa teve queda firme nesta sexta-feira, voltando a oscilar abaixo do patamar dos 104 mil pontos
atualizado
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Em uma semana marcada por baixo volume de negócios e agenda local fraca, o dólar acumulou alta de 0,20% e fechou a sexta-feira (19/07/2019) em R$ 3,7458. A moeda norte-americana acabou corrigindo o movimento dessa quinta-feira (18/07/2019), quando caiu para o menor nível em cinco meses. No exterior, o dólar subiu ante divisas fortes e de países desenvolvidos, com o aumento da aposta de Wall Street de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) vai cortar os juros em 0,25 ponto porcentual e não em 0,50 ponto, como ocorreu ontem.
No mês, o dólar recua 2,46% e o real é uma das divisas que mais ganha valor perante a moeda norte-americana. Apesar da alta desta semana, estrategistas de moedas ainda veem potencial de valorização do real pela frente, sobretudo quando o Congresso voltar do recesso e a reforma da Previdência avançar como o esperado.
Os ajustes nos ativos norte-americanos, em meio às discussões sobre a política monetária dos Estados Unidos, potencializaram o movimento de realização de lucros na B3 e o Índice Bovespa teve queda firme nesta sexta-feira (19/07/2019), voltando a oscilar abaixo do patamar dos 104 mil pontos.
Por aqui, a agenda esvaziada manteve os investidores na expectativa pelo anúncio de medidas de estímulo à economia, enquanto aguardam a retomada da tramitação da reforma da Previdência. O resultado do dia foi uma queda de 1,21% do Ibovespa, que fechou aos 103.451,93 pontos, próximo da mínima do dia.
Blue chips
A queda foi generalizada entre as blue chips, mas se destacou entre as ações do setor financeiro, onde as perdas superaram 2% na maioria dos papéis.
Grupo de maior peso na composição do Ibovespa, as ações dos bancos contaram ainda com alguma influência de notícia de que o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci teria dito à Polícia Federal que bancos fizeram repasses de R$ 50 milhões ao PT em troca de favores nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Roussef.
Os bancos citados negaram irregularidades nas doações.