Dólar se reaproxima de R$ 4 com preocupação sobre a Previdência
Alta na manhã desta terça-feira destoa do movimento de queda da moeda em outros países emergentes
atualizado
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O dólar voltou a ser cotado em R$ 4 no contrato futuro de junho e se aproximou desse patamar à vista nesta terça-feira, 14, destoando da queda predominante da moeda americana no exterior frente a divisas de países emergentes exportadores de commodities.
No Brasil, a alta, que já perdia força, está relacionada a questões internas e riscos à busca de apoio do governo à reforma da Previdência. Às 10h29, o dólar à vista subia 0,09%, aos R$ 3,9832.
O operador de uma corretora disse que o mercado tem receio de que a citação do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), como um dos envolvidos em recebimento de propina, em delação premiada de um dos donos da Gol Linhas Aéreas, Henrique Constantino, e também a quebra de sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro (PSL-SP) e do seu ex-assessor Fabrício Queiroz, possam prejudicar a busca de apoio político pelo governo em torno da reforma.
No começo da tarde, os investidores deve monitorar a audiência na Comissão Especial da Câmara para debater sobre o regime próprio de previdência social da União, dos Estados, dos municípios.
A ida do ministro da Economia, Paulo Guedes, a uma audiência pública na Comissão Mista de Orçamento para falar sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2020 também poderá afetar negócios mais tarde.