Dólar salta para R$ 3,73 no sexto dia de alta seguido

O dólar segue em alta no exterior e frente ao Real na manhã desta sexta-feira (18/5). A moeda americana chegou a atingir máxima no mercado à vista, R$ 3,7310 (+0,85%), mais cedo. Os agentes financeiros mantêm suas atenções no rendimento dos Treasuries – a taxa do T-Note 10 anos rondava os 3,10%, após tocar em 3,12% durante a madrugada na Ásia – e na volatilidade do petróleo.

Internamente, a busca por hedge cambial prossegue em meio ao desconforto dos investidores com a situação fiscal do governo, ausência de reformas e o cenário eleitoral desfavorável a candidato pró-mercado. O salto só não é maior porque há ofertas pontuais de exportadores, segundo um operador de uma corretora.

Lá fora, investidores seguem comprando a divisa americana apoiados pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) tende a apertar o passo ao elevar as taxas de juros neste ano, à medida que indicadores positivos da economia dos Estados Unidos colaboram para essa visão e a valorização do petróleo contribui para pressionar os índices de preços.

Nesta sexta-feira (18), o presidente da distrital de Dallas do Fed, Robert Kaplan, declarou não ver os EUA em uma recessão. Ele se diz confiante na economia americana, que deve crescer entre 2,5% e 2,75% neste ano.

Também segue no radar a atual rodada de discussões comerciais entre EUA e China, que começou nessa quinta (17) e prossegue nesta sexta-feira em Washington. Às 9h43, o dólar à vista subia 0,83%, atingindo a marca de R$ 3,730. O dólar futuro para junho avançava 0,88%, isto é, R$ 3,7330, após tocar em máxima – R$ 3,7345 (+0,92%).