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Dólar recua a R$ 3,20 com decisões dos BCs do Japão e dos EUA

No segmento à vista, o dólar fechou cotado aos R$ 3,2072 (-1,71%), não muito longe da mínima de R$ 3,2057 (-1,76%), menor desde o dia 22 de agosto de 2016 quando encerrou em R$ 3,2013

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1 de 1 dólar - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A leitura no mercado de câmbio de que o ritmo de aperto nos Estados Unidos deve ser mais gradual que o esperado anteriormente abriu caminho para o dólar recuar ao nível R$ 3,20 no mercado à vista nesta quarta-feira (21/9). Em meio a preocupações com possíveis apertos monetários, os investidores também viram com alívio a manutenção do pacote de estímulo do Banco do Japão (BoJ), que também ajustou suas ferramentas monetárias para dar mais dinamismo à economia local.

No segmento à vista, o dólar fechou cotado aos R$ 3,2072 (-1,71%), não muito longe da mínima de R$ 3,2057 (-1,76%), menor desde o dia 22 de agosto de 2016, quando encerrou em R$ 3,2013. Na máxima, a divisa chegou aos R$ 3,2493 (-0,42%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,194 bilhão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou aos R$ 3,2130 (-1,64%), na mínima, enquanto a máxima tocou R$ 3,2580 (-0,84%). O giro no futuro chegou a US$ 14,509 bilhões.

As mínimas do dólar frente ao real, registradas no final da tarde, se alinharam com o movimento global, desencadeado pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). A manutenção de juros, entre 0,25% e 0,50%, era aguardada por grande parte do mercado, mas uma ação hoje não era descartada, o que gerou cautela nas mesas de operação pelo mundo até o anúncio do BC dos Estados Unidos.

Agora, as atenções se concentram numa possível alta de juros em dezembro. A maioria dos dirigentes do Fed prevê três avanços nos juros até o fim de 2017, sendo um em 2016, frente as projeções anteriores de cinco apertos até o fim do ano que vem.

Mais cedo, os ativos de risco também ganharam espaço contra o dólar em meio à leitura otimista no mercado de câmbio a respeito do novo posicionamento do Banco do Japão (BoJ). A entidade chefiada por Haruhiko Kuroda manteve inalterado seu programa de compra de ativos e a taxa de depósitos em -0,1%. A surpresa veio com a introdução de uma meta de 0% para o juro dos bônus do governo japonês (JGBs) de 10 anos.

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