Dólar inicia semana cotado a R$ 3,74 à espera de anúncios do governo
Na última sessão, o dólar fechou em alta, em linha com o sinal externo. Moeda norte-americana tem oscilado com o clima político
atualizado
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O dólar opera com viés de baixa no mercado à vista nesta segunda-feira (22/07/2019), após ter registrado leve alta pontual depois da abertura, em meio a um giro de negócios ainda bem fraco. O investidor observa o fôlego limitado dos ativos financeiros no exterior em meio à espera do anúncio de estímulos pelo Banco Central Europeu, na quinta-feira, e a divulgação o PIB do segundo trimestre dos EUA, na Sexta-feira. Internamente, a agenda semanal traz o IPCA-15 nesta terça-feira e medidas de liberação de contas ativas e inativas de FGTS na quarta-feira.
Na última sessão, o dólar fechou em alta, em linha com o sinal externo, e as taxas futuras ficaram perto da estabilidade e com liquidez reduzida.
Ainda sobre FGTS, o presidente Jair Bolsonaro afirmou no domingo que poderá rever, no futuro, o porcentual de 40% da multa do FGTS paga ao empregado demitido sem justa causa, mas que não pretende extingui-la.
No radar também está a visita de Bolsonaro à Bahia, após o presidente ter chamado de maneira generalizada e pejorativas os governadores nordestinos de “paraíbas”, dizendo que entre os “governadores de ‘paraíba’, o pior é o do Maranhão; tem que ter nada com esse cara”.
Bolsonaro também afirmou no sábado que haverá um “novo corte” no Orçamento de R$ 2,5 bilhões. O objetivo é que o governo cumpra a meta fiscal no fim do ano que permite um rombo nas contas públicas de até R$ 139 bilhões. Além disso, lideranças de caminhoneiros voltam a ameaçar com paralisação. Por isso, devem se reunir nesta semana com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, para tratar da nova resolução sobre a política de preços mínimos do frete rodoviário.
Pesquisa Focus divulgada nesta segunda aponta que o mercado reduziu a projeção para IPCA para 2019 de 3,82% para 3,78%, mas manteve para 2020 em 3,90%. Já a projeção para Selic em 2019 permaneceu em 5,50%, mas reduziu para 2020 de 6,00% para 5,75% ao ano. A estimativa para o PIB 2029 passou de crescimento de 0,81% para 0,82%, enquanto para 2020 segue em 2,10%.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) apurado na prévia da sondagem de julho teve um recuo de 1,7 ponto em relação ao resultado fechado de junho, para 94,0 pontos, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No mercado de câmbio, às 9h33 desta segunda, o dólar à vista caía 0,07%, a R$ 3,7438. O dólar futuro para agosto recuava 0,11%, a R$ 3,7460.