Dólar fecha o dia estável, a R$ 4,15, após atuação do Banco Central
Respaldado pelos ganhos de seus pares em Nova York, o Índice Bovespa deu continuidade à valorização da véspera
atualizado
Compartilhar notícia
Após certa volatilidade pela manhã desta quarta-feira (28/08/2019), quando correu entre mínima de R$ 4,1315 e máxima de R$ 4,1680, o dólar à vista rodou perto da estabilidade ao longo da tarde, sempre na casa de R$ 4,15, e encerrou os negócios em R$ 4,1580. Isso fez o real, ao lado da lira turca, destoar das demais divisas emergentes e de exportadores de commodities, que perderam força em relação à moeda norte-americana.
A atuação do Banco Central nesta quarta pela manhã, com leilões de venda à vista, swap cambial (reverso e tradicional) e o leilão de linha, ajudou a dar suporte ao real e corrigiu a distorção no chamado “dólar casado”, zerando o diferencial entre o dólar à vista e o futuro para setembro, que havia ficado muito negativo, evidenciado escassez de moeda à vista.
Índice Bovespa
Embalado pelo sinal mais firme de ganhos de seus pares em Nova York e chegando a um nível mais atrativo para as compras, o Índice Bovespa deu continuidade à valorização da véspera. Chegou ao final da sessão em alta de 0,94%, na marca dos 98.193,53 pontos, em meio à contenção do dólar à vista no nível dos R$ 4,15. O giro financeiro foi de R$ 13,8 bilhões, seguindo abaixo da média diária.
Para profissionais que acompanham os movimentos da renda variável, em uma conjuntura mais pessimista, a sessão foi de fôlego para o índice, que seguiu de perto o sinal das bolsas norte-americanas.
“O cenário externo de incertezas trouxe a bolsa do nível dos 105 mil para o dos 95 mil pontos. Existe então um componente técnico forte para o aproveitamento de possíveis barganhas”, notou Marcelo Faria, gerente de renda variável da Porto Seguro Investimentos.