Dólar fecha no maior valor em quase um mês
Ibovespa finaliza o dia em queda de 1,09% com influência do Fed e à espera do Copom
atualizado
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O dólar teve um dia volátil nesta quarta-feira (31/07/2019), primeiro influenciado pelo fechamento do referencial Ptax (usado em contratos cambiais) de julho, que pressionou a moeda norte-americana para baixo, e em seguida pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que fez a divisa bater máximas, chegando a R$ 3,82 – valor que não era negociado desde o último dia 5, quando foi a R$ 3,83 durante as operações. No final dos negócios, o dólar à vista fechou em alta de 0,75%, a R$ 3,8199, o maior nível desde o fechamento do dia 3.
Em julho, a moeda acumulou desvalorização de 0,53%, o segundo mês consecutivo de queda. No ano, a queda é de 1,33%.
A decisão de política monetária do Federal Reserve trouxe volatilidade ao mercado brasileiro de ações, que seguiu à risca o desempenho instável das bolsas de Nova York. As diferentes interpretações sobre os próximos passos do BC norte-americano conduziram o Índice Bovespa no período da tarde, ampliando o sinal negativo que já predominava desde o período da manhã.
Ao final do pregão, o índice teve queda de 1,09%, aos 101.812,13 pontos. Com esse resultado, encerrou o mês de julho com ganho de 0,84%.
Terreno negativo
O Ibovespa já vinha oscilando em terreno negativo desde o período da manhã, à espera das decisões de política monetária do Fed e do Comitê de Política Monetária (Copom). Mas o pior momento do dia veio justamente após as declarações do presidente do Fed, Jerome Powell.
Em um primeiro momento, ele afirmou que a decisão de hoje da instituição de cortar a taxa de juros básica do país em 0,25 ponto porcentual, para a faixa de 2,0% a 2,25%, foi um “ajuste no meio de um ciclo” da política monetária. Mais à frente, disse que não é possível afirmar que não haverá outros cortes nos juros à frente.