Dólar fecha em queda, mas termina semana tensa com alta acumulada
Dólar terminou o dia negociado a R$ 5,37; Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, recuou com rumores sobre Haddad em ministério
atualizado
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O dólar encerrou a sessão desta sexta-feira (18/11) em queda frente ao real. Entretanto, no acumulado de uma semana marcada por muita tensão nos mercados e declarações desastradas do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a moeda americana registrou alta.
Nesta sexta, o dólar terminou o dia negociado a R$ 5,37, um recuo de 0,5%. Na máxima, a moeda chegou aos R$ 5,39. A cotação mínima do dia foi de R$ 5,33. No acumulado da semana, o dólar avançou 0,73%.
Após muita apreensão nos mercados por causa da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição, que abrirá espaço no Orçamento para financiar programas sociais, as declarações do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) – garantindo que o próximo governo será responsável fiscalmente – parecem ter tido efeito positivo.
Na quinta-feira (17/11), o dólar fechou em alta de 0,37%, cotado a R$ 5,40, mas chegou a bater R$ 5,53 durante o dia – foi a maior cotação desde 22 de julho.
No acumulado do mês de novembro até aqui, a moeda americana tem alta de 4%. No ano, a queda acumulada é de 3,6%.
Bolsa cai
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira, recuava 0,82% às 17h59, próximo ao encerramento do pregão, aos 108.799,28 pontos. O volume negociado era de R$ 30 bilhões.
Na máxima do dia, o Ibovespa chegou aos 111,5 mil pontos. A cotação mínima do índice foi de 108,5 mil pontos.
Como o Metrópoles noticiou mais cedo, o mercado reagiu a rumores de que o ex-ministro da Educação Fernando Haddad (PT) seria o nome mais provável para o posto de ministro da Fazenda do próximo governo.
Ontem, o Ibovespa chegou a cair quase 3%, mas fechou o dia com um recuo mais moderado, de 0,5%, após o ex-ministro Guido Mantega anunciar que sairia da equipe do governo de transição.
Foi com esse viés mais positivo que os mercados iniciaram a sexta-feira, e os índices chegaram a subir mais de 1%, mas o bom humor foi apagado gradualmente, conforme começaram a circular notícias de que Haddad seria o número um na corrida pela Fazenda.