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Dólar fecha a semana cotado em R$ 4,1056: alta acumulada de quase 5%

A ausência do Banco Central diante da escalada recente da moeda norte-americana continuou como um dos principais assuntos do dia

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Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas
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1 de 1 dólar - Foto: Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas

Depois de uma sequência de altas que se estendeu por sete sessões consecutivas, o dólar passou por uma leve correção nesta sexta-feira (24/8) e se sustentou no patamar acima dos R$ 4,10. A moeda chegou a cair mais de 1% pela manhã, beneficiada pelo cenário externo mais brando. Contudo, voltou a ganhar fôlego à tarde, mostrando que a cautela do investidor não foi abandonada.

Ao final dos negócios, o dólar à vista foi negociado por R$ 4,1056, em baixa de 0,36%. Com o resultado desta sexta, terminou a semana com ganho de 4,89%. A sexta-feira foi de enfraquecimento generalizado do dólar ante moedas fortes e emergentes, por conta do discurso brando do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell.

Houve um único sobressalto ao longo do dia, registrado à tarde, depois de o presidente Donald Trump afirmar no Twitter que orientou sua equipe a cancelar uma viagem à Coreia do Norte, por, segundo ele, não ter havido progresso suficiente para o fim das armas nucleares no país. O tuíte promoveu um fortalecimento pontual do dólar no exterior e a moeda chegou a subir 0,31%, na máxima de R$ 4,1330, para depois retomar à trajetória de baixa.

O cenário eleitoral doméstico teve poucas notícias, mas esteve no pano de fundo dos negócios. Pela manhã, ajudou na queda do dólar a repercussão de um levantamento eleitoral sinalizando menor transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Fernando Haddad que o esperado.

BC não interferiu
À tarde, contudo, a cautela voltou a se instalar no mercado, restringindo o movimento de queda. A ausência do Banco Central diante da escalada recente do dólar continuou como um dos principais assuntos do dia.

“Ao que tudo indica, o risco cambial ainda está controlado e o Banco Central não entrou no mercado porque não houve falta de liquidez. Mas se ele perceber que a cotação está alcançando patamares que coloquem em risco a inflação e os juros, então ele deve voltar a atuar”, disse Alessandro Faganello, operador da Advanced Corretora.

Para Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, a correção discreta registrada nesta sexta pelo dólar mostra que a cautela do investidor segue firme no mercado, e ele não está disposto a abrir mão das posições defensivas. Para o especialista, o dólar acima de R$ 4 “é assustador”, embora as condições do país sejam bem melhores hoje do que há alguns anos. “Entendemos que o mercado fez ajustes hoje, alinhado ao mercado externo, mas ao mesmo tempo mostrando que não quer ficar exposto ao risco”, disse.

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