Dólar ensaia queda, mas volta a subir e fecha o dia em R$ 4,65
Banco Central fez leilões da moeda norte-americana para tentar refrear o movimento de alta
atualizado
Compartilhar notícia
Em dia de oscilação, o dólar, que chegou a desacelerar o ritmo de alta após o leilão de dólares do Banco Central, subiu novamente e fechou esta quinta-feira (05/03) em R$ 4,6515, numa variação de 1,53%. A máxima do dia – e mais um recorde nominal – foi de R$ 4,6629. São informações do Estadão.
No ano, a alta acumulada passa de 15%. O último leilão de swap cambial, de US$ 1 bilhão, realizado pelo BC terminou às 15h10. Foi a terceira operação do dia, com US$ 3 bilhões injetados somente nesta quinta, na vã tentativa de refrear o dólar.
No exterior, o dólar perde força ante divisas fortes, mas sobe ante emergentes, com alta acima de 2% no México, na Rússia e na África do Sul. Em entrevista à imprensa, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que “não tem nada de errado no câmbio“, lembrou que o regime cambial é flutuante e que a “flutuação do câmbio está num nível mais alto”.
Segundo mostrou o Metrópoles, o dólar turismo chegou a ser negociado a R$ 5,16 nas casas de câmbio, considerando o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), no cartão pré-pago. Esse valor foi encontrado em uma empresa de São Paulo. Agora, se pago em espécie, o preço fica na média de R$ 4,87.
Seguem no radar as expectativas no mercado financeiro de um possível corte na Selic, a taxa básica de juros, neste mês e a piora externa com a disseminação do coronavírus.
Bolsa em queda
Na Bolsa, após alcançar a máxima aos 107.216,56 pontos, o Ibovespa caía 6,24% às 17h24, aos 100.536,15 pontos.
As ações ON da Petrobrás caíam 2,62% – investidores continuam preocupados com os desdobramentos do avanço do coronavírus sobre a economia mundial e as bolsas externas.
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) recomendou a países membros e seus aliados um corte adicional de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) na produção de petróleo até o fim de junho deste ano.
Em Nova York as Bolsas pioraram e atingem novas mínimas, com o Dow Jones recuando 2,9%; Nasdaq perdia 2,04% e S&P 500, 2,75%.