Dólar cai a R$ 3,26 com entrada de recursos e sinal do BC
No segmento à vista, o dólar recuou pelo segundo dia consecutivo e fechou cotado em R$ 3,2671 (-1,01%), destoando da alta no exterior
atualizado
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O dólar recuou a R$ 3,26 no mercado à vista nesta sexta-feira (16/9) destoando da alta no exterior. O movimento ganhou força à tarde com entrada de recursos no País pela via comercial e financeira, após sinalização do Banco Central pela manhã de que as condições para sua atuação no câmbio “estão mudando”. Lá fora, entretanto, a direção foi contrária e a divisa norte-americana avançou em meio à tensão que precede a decisão de política monetária dos Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), na semana que vem.
No segmento à vista, o dólar caiu pelo segundo dia consecutivo e fechou cotado em R$ 3,2671 (-1,01%). De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 990,939 milhões No mercado futuro, o contrato de dólar para outubro registrou R$ 3,2775, em baixa de 1,28%, enquanto o giro chegou a US$ 16,982 bilhões.Por aqui, o dólar enfrentou nova manhã de instabilidade, com indicadores econômicos dos Estados Unidos, e se firmou em queda à tarde. A pressão negativa sobre o dólar ante o real veio logo no começo do dia com comentários do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em entrevista à Reuters. “Estamos vendo as condições diminuindo para redução do estoque de swaps cambiais”, afirmou Ilan.
A autarquia tem promovido adequações na estratégia de redução de sua posição vendida em swaps cambiais com a proximidade de novo movimento de alta de juros nos Estados Unidos. Por trás disso, está a intenção de reduzir o estoque total, mas sem que os leilões tragam pressão adicional ao câmbio, num momento em que o Federal Reserve está perto de agir.
Na última quarta-feira, a autarquia diminuiu o lote diário de swap cambial reverso oferecido em leilão, para 5 mil contratos, frente aos habituais 10 mil contratos. Além do Fed e da atuação do BC, constou no radar dos agentes financeiros as discussões em torno do ajuste fiscal e a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241 que busca limitar os gastos públicos. O governo tem endurecido o tom em defesa da PEC e das suas reformas, o que na visão de profissionais do mercado é positivo para garantir a aprovação dos esforços no Congresso.