metropoles.com

Dólar: AGU pede que Google evite “desordem informacional financeira”

O Google chegou a mostrar o dólar cotado a R$ 6,38. Mas, a cotação correta seria R$ 6,18, uma vez que o pregão estava fechado desde 23/12

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Getty Images
nota de dólar americano com bandeira dos EUA ao fundo
1 de 1 nota de dólar americano com bandeira dos EUA ao fundo - Foto: Getty Images

A Advocacia-Geral da União (AGU) recomendou, em ofício enviado nesta quinta-feira (26/12), que o Google passe a adotar medidas para evitar casos de “desordem informacional financeira” após a plataforma mostrar a cotação errada do dólar no Natal.

Nessa quarta-feira (25/12), o buscador chegou a mostrar a moeda norte-americana cotada a R$ 6,38. O valor estava errado, visto que o mercado de compra e venda de dólares estava fechado desde segunda-feira (23/12), devido às festividades natalinas.

O valor correto para essa data seria o registrado na última sessão antes do Natal, quando o dólar avançou 1,87%, cotado a R$ 6,18.

Ainda nessa quarta-feira, a AGU chegou a acionar o Banco Central (BC) pedindo informações sobre a cotação do dólar no feriado, para investigar eventuais erros no painel da variação da moeda norte-americana exibida pelo Google.

O órgão destacou que “a desordem informacional pode gerar impactos negativos na cotação da referida moeda”. “Destaque-se que a desordem informacional pode ter potencial de interferir na percepção do mercado ou de pequenos investidores e comprometer a eficácia da política pública federal de estabilização cambial”, cita o documento.

No ofício, a AGU reforçou que “as manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas de modo a gerar desordem informacional sobre políticas públicas, porquanto tal atuar causa prejuízos concretos ao funcionamento eficiente do Estado de Direito”.

Confira as recomendações da AGU para o Google:

  • Disponibilização da informação de que o Banco Central do Brasil é, no país, a fonte oficial para a PTAX, bem como a indicação clara e explícita das fontes ao disponibilizar dados financeiros, especialmente no que diz respeito às cotações de moedas;
  • Adoção de medidas proativas para prevenir desordem informacional econômica, incluindo contextualização, revisão dos processos de validação e publicação de informações financeiras, mesmo que advinda de terceiros;
  • Reforçar nas políticas internas de relação com usuários a importância da integridade da informação para a proteção do investidor popular, destacando o papel das plataformas digitais na democratização do acesso à informação econômica e na promoção de um ambiente econômico seguro e transparente.

O que diz o Google

Procurado pelo Metrópoles, o Google informou que “os dados em tempo real exibidos na Busca vêm de provedores globais terceirizados de dados financeiros”. “Trabalhamos com nossos parceiros para garantir a precisão e investigar e solucionar quaisquer preocupações. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas aqui“, diz trecho da nota.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?