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Dólar à vista sobe a R$ 3,34 apesar de leilão menor de swap reverso

Num dia de direção mista no câmbio internacional, o dólar teve uma manhã volátil e só se firmou em alta durante a tarde, fechando em R$ 3,34 no mercado à vista

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O dólar avançou ao nível de R$ 3,34 no mercado à vista, a despeito de uma atuação menor do Banco Central através do leilão de swap cambial reverso. Num dia de direção mista no câmbio internacional, o dólar teve uma manhã volátil e só se firmou em alta durante a tarde. O avanço foi alimentado por uma possível redução de liquidez no exterior e por preocupações com o andamento do ajuste fiscal no Brasil. O posicionamento mais defensivo no câmbio local foi intensificado pela queda de quase 3% nos contratos futuros de petróleo e incertezas com a disputa eleitoral no Estados Unidos.

No segmento à vista, o dólar subiu pelo segundo dia seguido e fechou aos R$ 3,3415, em alta de 0,79%, maior nível desde 7 de julho, quando terminou em R$ 3,3617. De acordo com dados registrados na clearing da BM&F Bovespa, o volume de negócios somou US$ 1,170 bilhão. Já no mercado futuro, o contrato de dólar para outubro encerrou em R$ 3,3600, em alta de 0,90%. O volume foi de US$ 18,666 bilhões.

O Banco Central vendeu hoje o lote integral de 5 mil contratos de swap cambial reverso colocado em leilão, em um total de US$ 250 milhões. O volume foi menor do que os 10 mil contratos que vinham sendo ofertados pelo BC nas últimas semanas. Essa diminuição do lote ocorreu em meio a forte movimentação no mercado global de moedas. Como pano de fundo para a instabilidade está a aproximação da reunião de política monetária do Federal Reserve, na semana que vem, e possível redução da liquidez fornecida pelos principais bancos centrais do mundo.

Ainda nos Estados Unidos, há cautela com a disputa eleitoral para a presidência do país. Para analistas do banco Nomura, a eleição do candidato republicano, Donald Trump, poderia levar a um crescimento menor do Produto Interno Bruto (PIB) nos próximos anos e pressionar o Federal Reserve a abandonar sua estratégia de elevação gradual de juros em favor de um aperto monetário mais rápido para conter a inflação.

Domesticamente, há preocupações com o andamento dos esforços do governo para ajustar as contas públicas, alimentando a cautela no câmbio. A dor de cabeça da vez é a negociação com governadores sobre dívidas dos Estados, o que poderia prejudicar o tamanho e o ritmo do ajuste fiscal. Os representantes das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste pedem ajuda financeira de R$ 7 bilhões. Caso contrário, cerca de 15 Estados poderiam decretar situação de calamidade nas finanças.

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