Dólar à vista cai e futuro sobe, ambos acima de R$4,15, à espera do BC
Em Nova York, o estresse é por conta do aprofundamento da inversão da curva de juros dos Treasuries
atualizado
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O dólar à vista marcou máxima pouco antes das 9h30 desta quarta-feira (28/08/2019), mas segue em queda em relação ao fechamento da véspera – quando a moeda marcou a maior cotação em quase um ano para um fechamento (R$ 4,1575). No mercado futuro, o contrato para setembro abriu em alta – num ajuste de cotações com o spot, que encerrou a terça-feira R$ 0,03 centavos mais caro – e também marcou máxima no horário acima. A cautela prepondera tanto no mercado interno quanto externo.
No exterior, a moeda americana se fortalece ante as pares, exceto o iene japonês e o franco suíço, e também perante algumas emergentes, como o rublo russo e o rand sul africano. As bolsas europeias caem, assim como os índices acionários futuros de NY.
No Reino Unido, pesa a notícia de que o governo pediu a suspensão do Parlamento britânico até meados de outubro, ampliando as chances de um Brexit sem acordo. Em Nova York, o estresse é por conta do aprofundamento da inversão da curva de juros dos Treasuries de 2 e 10 anos. Chegou a nível pré-crise financeira global.
Estava marcada para as 9h30 duas das quatro operações cambiais programadas pelo Banco Central para esta manhã: leilão de venda à vista de dólares, no montante de até US$ 550 milhões, e leilão de swap cambial reverso, em igual montante com data de início em 29 de agosto e vencimento em 1º de outubro. Nesta operação, o BC negociará quantidade igual ao que for vendido no leilão à vista de dólar, que ocorre simultaneamente.
Caso não seja vendido o total à vista, o BC vai realizar às 11h30 leilão de swap cambial tradicional, em montante equivalente. Das 11h15 às 11h20, o BC realizará leilão de linha de até US$ 1,5 bilhão. A taxa de câmbio a ser utilizada para a venda de dólares por parte do BC será a do boletim da ptax das 10 horas.
Também às 10h, o mercado aguarda a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto, na exposição “Estabilidade Real”, em homenagem aos 25 anos do Plano Real em Brasília.
Às 9h20, o dólar à vista valia R$ 4,1495 em queda de 0,19%. O contrato para setembro subia 0,55% aos R$ 4,150, nova máxima. A taxa do DI para janeiro de 2021 exibia 5,62%, de 5,57%, enquanto o vencimento para janeiro de 2023 marcava 6,70%, de 6,66% ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 exibia 7,20%, de 7,14% no ajuste de ontem.