Dívida pública sobe 9,5% e bate R$ 4,248 trilhões em 2019
Esse é o maior valor da série histórica. As dívidas são emitidas para gerar caixa e pagar as despesas do governo
atualizado
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A Secretaria do Tesouro Nacional informou, nesta terça-feira (28/01/2020), que a dívida pública do governo federal teve um aumento de 9,5% em 2019. O montante total, dessa forma, chegou a R$ 4,248 trilhões. Esses valores incluem os endividamentos dentro do país e no exterior.
Esse é o maior patamar da série histórica, que teve início em 2004. No fim de 2017 e de 2018, a dívida estava em R$ 3,559 trilhões e em R$ 3,877 trilhões, respectivamente.
A dívida pública subiu R$ 371 bilhões ao longo do ano passado. Esse aumento se deve às despesas com juros e a emissão líquida de títulos públicos no mercado.
O Tesouro Nacional emite a dívida pública para financiar o déficit orçamentário do governo federal, ou seja, para pagar despesas que ficam acima da arrecadação com impostos e tributos. Por essa razão, a equipe do ministro Paulo Guedes tem insistido na realização de reformas – como a da Previdências – que visam a diminuição dos custos fixos do governo federal.
Segundo os dados do Tesouro, nos últimos dez anos, a dívida pública mais que dobrou: em 2009, o estoque da dívida estava em R$ 1,497 trilhão e, no fim do ano passado, somou R$ 4,248 trilhões.
Desse crescimento de R$ 2,751 trilhões verificado no período, mais de R$ 450 bilhões ocorreram por conta da emissões de títulos públicos para capitalizar o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social.
A instituição, controlada pelo governo federal, foi responsável por financiar projetos de infraestrutura no país nos últimos anos. A injeção de recursos ocorreu, sobretudo, nos governos do PT.
Porém, a maior parte desse valor (cerca de R$ 430 bilhões) já retornou para o Tesouro Nacional, R$ 123 bilhões somente no ano passado. Os valores foram utilizados para baixar a dívida pública.