Dívida externa aumenta em outubro de 2016 e vai para US$ 335,3 bilhões
Além disso, o Banco Central informou que o Investimento Direto no país somaram US$ 8,4 bilhões no mesmo mês
atualizado
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A estimativa do Banco Central para a dívida externa brasileira em outubro é de US$ 335,361 bilhões. Segundo a instituição, o ano de 2015 terminou com uma dívida de US$ 334,745 bilhões e o último dado verificado (do mês de setembro deste ano) somava US$ 338,502 bilhões.
A dívida externa de longo prazo atingiu US$ 269,492 bilhões em outubro, enquanto o estoque de curto prazo ficou em US$ 65,869 bilhões no fim do mês passado, segundo as estimativas do BC.
De acordo com a instituição, merecem destaques na dívida externa de longo prazo as amortizações de empréstimos de empresas não financeiras (US$ 4,4 bilhões) e os desembolsos de títulos do governo (US$ 1,5 bilhão). A variação da dívida externa de curto prazo decorreu, principalmente, dos desembolsos de empréstimos de US$ 1,8 bilhão recebidos pelo setor financeiro.
IDP
Os Investimentos Diretos no País (IDP) somaram US$ 8,400 bilhões em outubro, de acordo com o BC. O resultado ficou acima das estimativas apuradas pelo Projeções Broadcast com 21 instituições financeiras, que iam de US$ 5,900 bilhões a superávit de US$ 7,000 bilhões, com mediana de US$ 6,500 bilhões.
Pelos cálculos do Banco Central, o IDP de outubro indicaria entrada de US$ 6,5 bilhões. A estimativa da autarquia foi feita com base nos números até 21 de outubro, quando o país havia registrado entrada de US$ 4,8 bilhões em recursos externos pela conta do IDP.
No acumulado de 2016 até outubro, o ingresso de investimentos estrangeiros destinados ao setor produtivo soma US$ 54,905 bilhões. Já a estimativa do BC para este ano é de US$ 70,0 bilhões de IDP.
No acumulado dos últimos 12 meses até outubro deste ano, o saldo de investimento estrangeiro ficou em US$ 75,056 bilhões, o que representa 4,20% do Produto Interno Bruto (PIB).
Investimento em ações
O investimento estrangeiro em ações brasileiras ficou positivo em US$ 1,603 bilhão em outubro, informou o Banco Central. Em igual mês do ano passado, o resultado havia sido positivo em US$ 119 milhões. No acumulado deste ano, o saldo está no azul em US$ 9,138 bilhões. Pelo cálculos do BC, os investidores estrangeiros deixarão saldo positivo de US$ 9,0 bilhões em ações este ano no País.
Já o saldo de investimento estrangeiro em títulos de renda fixa negociados no País ficou negativo em US$ 2,620 bilhões em outubro e negativo em US$ 21,540 bilhões no acumulado do ano até o mês passado. Para 2016, a estimativa do BC é de saldo negativo de US$ 18,0 bilhões na renda fixa.
Em outubro do ano passado, essas aplicações em renda fixa estavam negativas em US$ 2,397 bilhões e, no acumulado de janeiro a setembro de 2015, positivas em US$ 12,717 bilhões. O saldo foi de US$ 16,296 bilhões no ano passado.
Taxa de rolagem
O Banco Central informou também que a taxa de rolagem de empréstimos de médio e longo prazos captados no exterior ficou em 44% em outubro. Esse patamar significa que não houve captação de valor em quantidade similar para rolar compromissos das empresas no período. O resultado ficou abaixo do verificado em outubro do ano passado, quando a taxa havia sido de 81%.
De acordo com os números apresentados pelo BC, a taxa de rolagem dos títulos de longo prazo, antes chamados de “bônus, notes e commercial papers”, ficou em 2% em outubro. Em igual mês de 2015 havia sido de 33%. Já os empréstimos diretos atingiram 51% no mês passado, ante 131% de outubro do ano anterior.
No acumulado de 2016 até outubro, a taxa de rolagem total ficou em 58%. Os títulos de longo prazo tiveram taxa de 29% e os empréstimos diretos, de 67% no período. O BC costuma trabalhar com uma previsão de taxa de rolagem de 100% em todos os anos, mas para 2016 sua estimativa é de 60%.