Desemprego bate recorde na pandemia e chega a 13,7 milhões, diz IBGE
Número de pessoas sem uma ocupação formal aumentou em mais de 1 milhão em uma semana
atualizado
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O desemprego durante a pandemia do novo coronavírus voltou a crescer na quarta semana de agosto, comparada com a semana anterior. Os números atingiram o maior patamar desde o início da pesquisa, em maio.
Entre a terceira e a quarta semana de agosto, o número de desempregados aumentou em mais de 1 milhão no Brasil e chega a 13,7 milhões. A taxa subiu de 13,2% para 14,3%, a maior desde o início do levantamento, quando era de 10,5%.
A pesquisadora Maria Lucia Vieira destacou que o aumento do desemprego pode estar diretamente relacionado ao avanço da flexibilização do isolamento social, que ocorre em praticamente todos os estados do país.
A pesquisa também apontou que o número de pessoas que permanecem rigorosamente em casa diminuiu.
Na quarta semana de agosto, 38,9 milhões de pessoas estavam em isolamento social rígido. Esse número revela uma queda de 6,5% em relação à semana anterior.
A população que só saiu por necessidade permaneceu estável. São 88,6 milhões de pessoas, o que representa 41,9%.
A estabilidade nos números de pessoas que não estavam em isolamento social soma 5 milhões de pessoas. Os que reduziram o contato, mas continuaram saindo de casa ou recebendo visitas são 77 milhões.
Nesse mesmo período, aumentou em aproximadamente 500 mil o número de ocupados no mercado de trabalho. Isso significa uma queda de cerca de 0,7%, o que é considerado como estabilidade pelo IBGE.