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Desemprego chega a 8,7% no terceiro trimestre, menor índice desde 2015

Levantamento sobre desemprego no país mostra aumento de contratações no setor público e de empregos formais e informais

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Mão segurando carteira de trabalho e pessoas passando ao fundo, desfocadas
1 de 1 Mão segurando carteira de trabalho e pessoas passando ao fundo, desfocadas - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

 A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta quinta-feira (27/10) mostra que a taxa de desocupação caiu novamente e chegou a 8,7% no terceiro trimestre encerrado em setembro deste ano.

Essa é a menor taxa desde o trimestre fechado em junho de 2015, quando encerrou a 8,4%. O índice representa queda de 0,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em junho a 9,3% e 3,9 pontos percentuais, ante o mesmo período de 2021 (12,6%).

De acordo com a pesquisa, o contingente de pessoas ocupadas chegou a 99,3 milhões e cresceu 1% (mais de 1 milhão de pessoas) no trimestre. O ano totaliza o percentual de 6,8% (mais de 6,3 milhões), batendo novamente o recorde da série histórica, iniciada em 2012. 

A população desocupada representa 9,5 milhões de brasileiros e constitui o menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015 – uma queda de 6,2% (menos 621 mil pessoas) no trimestre e 29,7% (menos 4 milhões) no ano.

Carteira assinada, sem carteira e informais 

O levantamento mostra que houve crescimento de 1,3% no número de empregados com carteira de trabalho assinada em relação ao trimestre anterior, atingindo 36,3 milhões de pessoas. Na comparação anual, o contingente aumentou 8,2%.

Há 13,2 milhões de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado. O número, além de constituir o maior índice da série histórica, iniciada em 2012, aponta estabilidade no trimestre e elevação de 13% (1,5 milhão) no ano.

A quantidade de empregados no setor público (12,2 milhões) foi recorde da série histórica: cresceu 2,5% (291 mil) no trimestre e 8,9% (989 mil) no ano. Os empregados no setor público sem carteira assinada (3,1 milhões) puxaram o número – que também registrou recorde, ao aumentar 11,6% (317 mil) no trimestre e 35,4% (799 mil) no ano.

A taxa de informalidade foi 39,4% da população ocupada, ante os 40% no trimestre anterior e 40,6% no mesmo trimestre de 2021. O número de trabalhadores informais equivale a 39,1 milhões.

Salário médio

De acordo com a Pnad contínua, o salário médio do brasileiro cresceu pela primeira vez desde junho de 2020. Isso se refere tanto à comparação trimestral (3,7%) quanto à anual (2,5%). Assim, chegou a R$ 2.737.

“O crescimento do rendimento real está relacionado à redução da inflação, proporcionando ganhos reais. O rendimento nominal, que não desconta a inflação, já vinha crescendo em 2022, enquanto o real estava registrando queda. Na medida em que há uma retração da inflação, passa-se a ter registros de crescimento no rendimento real”, explica Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad.

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