Déficit do setor público é de R$ 7,3 bilhões no mês de setembro
A dívida bruta caiu para 78,3% do PIB (R$ 8,9 trilhões) em setembro — uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior
atualizado
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O setor público consolidado do Brasil — formado pela União, estados, municípios e estatais — registrou déficit primário (o saldo entre receitas e despesas, sem o pagamento de juros da dívida pública) de R$ 7,3 bilhões em setembro — o que representa uma queda de 59,6% na comparação com o mesmo mês de 2023, quando registrou déficit de R$ 18,1 bilhões.
As informações estão presentes no boletim de Estatísticas Fiscais, publicado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira (11/11).
Em 12 meses, o setor público consolidado acumulou déficit de R$ 245,6 bilhões, equivalente a 2,15% do Produto Interno Bruto (PIB) e 0,11 ponto percentual inferior ao resultado negativo acumulado nos doze meses até agosto.
O governo central (Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central), os governos regionais e as empresas estatais computaram déficits respectivos de R$ 4 bilhões e R$ 3,2 bilhões, e R$ 192 milhões, de acordo com o BC.
Dívida bruta recua
A dívida bruta do governo geral (DBGG) registrou queda em setembro.
A DBGG, que abrange o governo federal, Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), governo estaduais e municipais, recuou para 78,3% do PIB (R$ 8,9 trilhões) em setembro de 2024— uma redução de 0,2 ponto percentual em relação ao mês anterior, de agosto.
Conforme o boletim do BC, a redução foi motivada principalmente pela evolução dos juros nominais apropriados, do resgate líquido de dívida, da valorização cambial e da variação do PIB nominal.
Em 2024, a dívida bruta teve o aumento de 3,8 pontos percentuais do PIB.
Dívida líquida
A dívida líquida do setor público, que desconsidera os ativos do governo, chegou a 62,4% do PIB (R$ 7,1 trilhões) em setembro — o que mostra um aumento de 0,4 ponto percentual do Produto Interno Bruto no mês. Segundo o BC, o resultado ocorreu devido:
- aos impactos da valorização cambial de 3,7% no mês,
- aos juros nominais apropriados;
- à variação do PIB nominal; e
- aos demais ajustes da dívida externa líquida.
No ano, a dívida líquida cresceu 1,5 ponto percentual do PIB.