Crise política envolvendo Roberto Jefferson derruba bolsa; dólar sobe
Mercado e aliados avaliam o “ônus” à reeleição de Jair Bolsonaro na reta final da campanha presidencial neste segundo turno
atualizado
Compartilhar notícia
O Ibovespa despencou 2,17%, sendo negociado aos 117.328 pontos, na parcial desta segunda-feira (24/10) até as 12h30. Essa é a menor cotação desde 20 de outubro, quando o índice fechou em 117.171 pontos. O dólar disparou em 2,69%, cotado a R$ 5,28. Esta é a maior cotação para a maior moeda americana desde 19 de outubro, quando encerrou negociada a R$ 5,27.
Nesta parcial de segunda, os investidores refletem o noticiário político envolvendo o ex-deputado federal e aliado do presidente Jair Bolsonaro Roberto Jefferson. No domingo (23), o político atirou em agentes da Polícia Federal (PF), causando novos “ônus” à campanha à reeleição do candidato do PL.
Como mostrou a coluna do jornalista Igor Gadelha no Metrópoles, o episódio foi avaliado pela campanha como “péssimo” a Bolsonaro, que corre para se “coordenar” em meio à reta final do segundo turno.
O mercado avalia como o enfrentamento do aliado de Bolsonaro poderá refletir nos eleitores, somado a escândalos anteriores, como o “pintou um clima” com meninas venezuelanas de 14 e 15 anos. A campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá explorar o episódio em seu material publicitário, discursos e no debate da TV Globo, marcado 28 de outubro.
As ações preferenciais (PN) da Petrobras caíram 5,43%, a R$ 35,47, após renovar máximas na semana passada, quando acumularam valorização de quase 13%; as ações ordinárias (ON) da petroleira também despencaram 5,53%, a R$ 39,25. As ações ordinárias (ON) do Banco do Brasil derretiam 5,17%, a R$ 42,37, também por conta do noticiário político.
No exterior, o mercado avalia a escolha de Rishi Sunak como novo primeiro-ministro do Reino Unido. Há dúvidas sobre como será a condução da economia do país após o “desastre” fiscal de sua antecessora, Liz Truss.