Crise na Turquia faz dólar abrir em alta e atingir R$ 3,9127
Impasse entre turcos e norte-americanos reflete a indisposição do investidor global aplicar em ativos de risco no início da semana
atualizado
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O câmbio abriu em alta nesta segunda-feira (13/8), refletindo a indisposição do investidor global em aplicar em ativos de risco em meio à crise protagonizada pela Turquia. O dólar chegou à máxima de R$ 3,9127 em alta de 1,15% pouco depois da abertura do mercado. Por volta das 9h30, a valorização desacelerava, em linha com o comportamento das moedas no exterior.
Pouco antes, a lira turca reduzira as perdas, em meio a relatos de que o pastor americano Andrew Brunson poderia ser libertado na Turquia. A situação do pastor é um entrave para a relação bilateral entre Estados Unidos e a Turquia, o que levou o presidente americano, Donald Trump, a anunciar, na sexta-feira (10), a elevação da tarifa de importação sobre aço e alumínio turcos.
Já houve, porém, também relatos de que Brunson pode não ser solto. Às 9h14, o dólar subia a 6,8770 liras turcas, após bater máxima a 7,2169 liras mais cedo.
Nesta segunda (13), o banco central turco anunciou medidas para conter o enfraquecimento da moeda nacional, que no ano já acumula desvalorização de cerca de 80% ante o dólar. Também nesta segunda-feira, a elevação de 25% para 50% na alíquota de importação de aço turco pelos EUA entrou em vigor, segundo a Casa Branca.
Na cena doméstica, a atenção segue para a corrida presidencial. No radar, estão novas pesquisas de intenção de voto para presidente da República, com previsão de sondagem Ibope no fim da semana. Na quinta-feira (16), começa a campanha de rua dos candidatos. A agenda desta segunda é fraca e, portanto, traz poucos vetores para os ativos domésticos.
Divulgado mais cedo pelo Banco Central, o Relatório de Mercado Focus mostrou manutenção no cenário para a moeda norte-americana em 2018 e 2019. A mediana das expectativas para o câmbio no fim deste ano seguiu em R$ 3,70, mesmo valor verificado há um mês. Para 2019, a projeção para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,70, ante R$ 3,68 de quatro pesquisas atrás.
Às 9h36, o dólar à vista subia 0,49% aos R$ 3,8872. O dólar futuro (contrato para setembro) subia 0,74% aos R$ 3,8970. Na máxima, foi aos R$ 3,9240, em alta de 1,45%.