metropoles.com

Crise na Petrobras complica plano da equipe econômica de Temer

O já modesto plano do governo sofreu baque na última semana. Principal agenda é a privatização da Eletrobras

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Lula Marques/Agência PT
Demissao petrobras Pedro Parente
1 de 1 Demissao petrobras Pedro Parente - Foto: Lula Marques/Agência PT

A quatro meses das eleições e perto de terminar o mandato, o presidente Michel Temer trocou a agenda reformista por uma luta diária pela sobrevivência. Sob cerco político e com a base aliada dividida no Congresso, Temer mostrou a fragilidade do governo ao ser obrigado a ceder na greve dos caminhoneiros e deve ter dificuldade para conseguir aprovar as prioridades econômicas definidas, em abril, pelo ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. Com menos de um ano para o fim do governo, a agenda já não era robusta.

O projeto mais complexo, e que já estava emperrado, é a privatização da Eletrobras. Reservadamente, a equipe econômica não acredita mais ser possível a aprovação da venda da estatal este ano. Só para se ter uma ideia do impasse, os parlamentares ainda discutem normas de operação, com temas que passam até mesmo pela destinação de recursos para a recuperação da Bacia do São Francisco. Já a venda das seis distribuidores deficitárias da estatal no Norte e Nordeste é avaliada como de dificuldade moderada e tem chances de ser aprovada.

Até mesmo projetos de tramitação mais fácil, na análise da equipe de Guardia, estão travados no Congresso, como a duplicata eletrônica e o cadastro positivo – o banco de dados de bons pagadores que poderia baratear o crédito.

Da lista de medidas que a Fazenda tentava aprovar, só uma foi para a frente até agora: o aumento da carga tributária para alguns setores, por meio da reoneração da folha de pagamento, recebeu o aval do Congresso, como condição ao subsídio do diesel. Deputados e senadores ficaram insatisfeitos, porém, com o aumento dos setores reonerados de 28 para 39. Eles ameaçam derrubar os vetos de Temer que diminuíram os segmentos contemplados com o benefício criado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Com uma crise atrás da outra, o governo Temer entra em sua fase final com mais problemas do que soluções à vista. Até recentemente, a esperança da equipe residia na recuperação da economia, mas agora há pessimismo no mercado e incertezas no horizonte, principalmente às vésperas da eleição.

Diante de um cenário com dólar em alta, novas ameaças de greves e um contingente de quase 14 milhões de desempregados, analistas já estimam que o PIB ficará em menos de 1,5% neste ano. Para piorar a situação, Temer perdeu apoio no Congresso. No Planalto, há receio de uma nova denúncia contra o presidente.

Sem conseguir aprovar as mudanças na Previdência, o governo também desistiu da reforma tributária, mas ainda busca emplacar uma agenda mais popular, como a redução do preço da gasolina e do gás de cozinha.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?