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Crise hídrica causará aumento da inflação no curto prazo, diz Guedes

Segundo o ministro, até o fim deste ano, o indicador deve chegar entre 5,5% e 6%. O centro da meta perseguido, no entanto, é de 3,75%

atualizado

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Paulo Guedes, ministro da econômia durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto
1 de 1 Paulo Guedes, ministro da econômia durante lançamento do Programa Gigantes do Asfalto no palácio do Planalto - Foto: Igo Estrela/ Metrópoles

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta sexta-feira (25/6) que a estiagem é um problema “seríssimo” e que impactará no aumento da inflação no curto prazo. De acordo com sua previsão, somente em 2022 a situação será normalizada, com a inflação atingindo o centro da meta, de 3,5%.

Segundo o ministro, até o fim deste ano, o indicador deve chegar entre 5,5% e 6%. O centro da meta perseguido, no entanto, é de 3,75%. Será considerada cumprida se ficar entre 2,25% e 5,25%. Caso isso não ocorra, o Banco Central deverá justificar por meio de um documento público os motivos.

Crise hídrica

A principal razão para a disparada da inflação é a seca nas principais bacias hidrográficas que abastecem o país, devido a um baixo volume de chuvas na região dos reservatórios do Sudeste e Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia no Brasil. Desde outubro de 2020, esse é o menor volume registrado dos últimos 91 anos.

Por esse motivo, o debate sobre a possibilidade de um racionamento fica cada vez mais forte. O governo, entretanto, refuta essa possibilidade.

“O ministro Bento Albuquerque [de Minas e Energia] nos garante que racionamento não haverá, que ele vai conseguir prover [energia] pelo menos para que não haja racionamento. Mas há o outro lado, que é o impacto, a inflação. Subiu o custo da energia, tudo isso. Nós reconhecemos: é um desafio seríssimo, é um impacto inflacionário”, disse Guedes em uma audiência na comissão do Senado do combate à Covid-19.

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Recursos vão cobrir custos extras gerados pela crise energética do ano passado
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Paulo Guedes, ministro da Economia

Hugo Barreto/Metrópoles
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Recursos vão cobrir custos extras gerados pela crise energética do ano passado

Divulgação

Para continuar gerando energia, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está sendo obrigado a acionar as usinas termelétricas. Essa fonte, porém, é mais cara e poluente, o que eleva o custo da tarifa de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciará na próxima terça-feira (29/6) o reajuste das tarifas das bandeiras.

“Nós já vamos levantar as bandeiras [tarifárias] agora. A inflação sobe um pouco agora, mas a gente espera que o ano que vem já tenha normalizado tudo, com a garantia do nosso ministro Bento de que não será necessário chegar à situação do racionamento”, Guedes frisou mais uma vez.

 

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