Crédito, desemprego e renda retraem o consumo das famílias, diz CNC
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) alcançou 76,2 pontos, índice menor que o registrado no mesmo período do ano passado
atualizado
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Os consumidores brasileiros permanecem menos propensos às compras neste início de ano. A Intenção de Consumo das Famílias (ICF), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), alcançou 76,2 pontos em janeiro, patamar estável em relação ao mês anterior, mas 1,7% menor do que o registrado em janeiro do ano passado.
A pesquisa considera uma escala de 0 a 200. O resultado abaixo dos 100 pontos indica uma percepção de insatisfação com as condições correntes, ressaltou a CNC.
Apesar do avanço em indicadores de confiança, a melhora ainda não foi efetivamente transformada em vendas, sobretudo devido ao custo elevado do crédito, ao desemprego e à queda da renda, justificou a entidade.“A queda do número de trabalhadores com carteira assinada, a menor massa de rendimento e a alta taxa de juros contribuem para o recuo na venda de itens não essenciais como bens duráveis e semiduráveis. O consumidor está cauteloso, evitando criar dívidas”, avaliou a assessora econômica da Confederação, Juliana Serapio, em nota oficial.
O único componente que ficou acima da zona de indiferença em janeiro foi o referente ao Emprego Atual, que atingiu 105,6 pontos. O desempenho representa um recuo de 1% ante dezembro de 2016, mas, na comparação com janeiro do ano passado, houve aumento de 1,2%. O porcentual de famílias que se sentem mais seguras em relação ao emprego atual ficou em 31,3%.