Covid-19: venda de bebidas em latas aumenta 7,3% na pandemia
Em 2019, a cerveja respondia por 55% das bebidas envasadas em latas. Em 2020, esse número cresceu para mais de 70%
atualizado
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Diante dos efeitos econômicos provocados pela pandemia da Covid-19, a atividade industrial registrou queda de 4,5% em 2020. Apesar disso, o segmento das latinhas de alumínio para bebidas surpreendeu e apresentou crescimento de 7,3% nas vendas. No total, foram 32 bilhões de latas comercializadas no último ano, com faturamento de R$ 17,5 bilhões, de acordo com a Associação Brasileira de Produtores de lata de alumínio para bebidas (Abralatas).
O presidente executivo da associação, Cátilo Cândido, disse ao Metrópoles que devido ao aumento da demanda o setor encontra-se em plena expansão. Em 2021, três novas fábricas serão inauguradas e o investimento será de R$ 2 bilhões.
A alta no consumo de latinhas de alumínio, de acordo com o presidente, deve-se a três principais motivos. “Hoje, o consumidor busca embalagens sustentáveis, busca conveniência, uma vez que a embalagem gela mais rápido; ocupa menos lugar na geladeira e não quebra; e, por fim, quer um mix de produtos e tamanhos. Atualmente, há até cachaça e água em lata. E é claro, muita cerveja”, afirmou Cândido.
Também sob os efeitos da pandemia, com bares e restaurantes fechados, as compras em supermercados ficaram cada vez mais comuns. O aumento da venda da cerveja em lata é uma consequência disso. Em 2019, a bebida respondia por 55% das bebidas envasadas em latas, em 2020 cresceu para mais de 70%. “O aumento que levaria cinco anos em condições normais foi feito em um”, explicou o presidente.
Outro resultado positivo é na reciclagem: o Brasil é campeão e recicla 95% das latas de alumínio há mais de 10 anos. São quase 30 bilhões de latas recicladas anualmente. Em 2019, a porcentagem foi de 97,6%.