Covid-19: CNI prega regras da OMS e, depois, isolamento vertical
Em estudo divulgado pela entidade, o isolamento vertical aparece como possibilidade para quando a pandemia perder força
atualizado
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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, defendeu que sejam seguidas as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) no combate à pandemia de coronavírus.
Segundo ele, é também necessário estabelecer, com urgência, uma estratégia e um planejamento para se promover uma retomada “responsável, segura e gradativa da atividade econômica”, uma vez que os impactos são significativos.
O próprio presidente da entidade testou positivo para o Covid-19 após viagem junto à comitiva do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) aos Estados Unidos.
Por isso, a entidade produziu um estudo defendendo, em um segundo momento, a implementação do chamado “isolamento vertical” de pessoas do grupo de risco e de contaminados do novo vírus.
Robson enviou na última sexta-feira (27/03) cartas aos presidentes da República, do Senado, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal (STF).
“A evolução de casos da covid-19 na Coréia do Sul e na Alemanha demonstra que, se bem executada, essa é uma estratégia eficiente para promover o achatamento da curva de propagação do vírus, preservar vidas e reduzir a pressão sobre o sistema de saúde”, justificou Robson Andrade em um dos trechos do documento.
“Ao mesmo tempo, facilita a retomada, ainda que gradual das atividades produtivas”, acrescentou.
A CNI propõe uma parceria com o governo federal, por meio da qual o Serviço Social da Indústria (Sesi) se compromete a capacitar e dar assistência para realização de testes rápidos da Covid-19, custeados com recursos do governo federal, para 100% dos cerca de 9,4 milhões de trabalhadores da indústria, a cada 15 dias, com isolamento social apenas de pessoas com exame positivo.
Além disso, seriam realizados exames moleculares (PCR), conhecidos como “contraprova”, para verificar falsos positivos da Covid-19.