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Corte de gastos: Haddad diz esperar que mercado esteja inquieto à toa

“Há muita ilusão a respeito de como funciona a economia. Nós temos que calibrar direito”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad

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Em meio à inquietação do mercado financeiro sobre a demora na publicação das medidas de revisão de gastos públicos, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, nesta quarta-feira (30/10), que espera que o mercado esteja nervoso à toa. Ele disse entender tal movimentação, destacando que esse nervosismo “faz parte”.

“Fizemos uma boa proposta, uma fórmula adequada. Assim como o arcabouço [fiscal], no ano passado, dissipou incertezas e a gente teve um ano excelente na sequência, com queda do juro, queda do dólar, ancoragem das expectativas. Eu espero que aconteça a mesma coisa [neste ano]. O trabalho que nós estamos fazendo é para que isso aconteça de novo”, reforçou.

“Entendo a inquietação, faz parte. O mundo está nervoso por causa das eleições nos Estados Unidos, tem desaceleração na China, commodity está no vai e vem, mas com tendência de queda. Tem vários elementos que estão compondo esse quadro”, declarou Haddad a jornalistas na saída do Ministério da Fazenda.

Há muita ilusão de como funciona a economia, diz Haddad

Para ele, “há muita ilusão a respeito de como funciona a economia” e, por isso, é necessário “tomar cuidado com esse tipo de ilusão”. “Em economia, nem sempre é o que parece é”, pontuou.

“Aconteceu isso com a reoneração dos combustíveis no ano passado, [quando] apostaram que o preço ia cair porque o dólar ia cair e muitas pessoas entendiam que o preço ia subir em função da volta do Pis/Cofins, e isso não aconteceu”, destacou.

“Nós temos que tomar cuidado com esse tipo de ilusão. Há muita ilusão a respeito de como funciona a economia. Nós temos que calibrar direito para dar o melhor bem-estar possível para as pessoas”, alertou.

“Fizemos uma boa proposta, uma fórmula adequada. Assim como o arcabouço [fiscal], no ano passado, dissipou incertezas e a gente teve um ano excelente na sequência, com queda do juro, queda do dólar, ancoragem das expectativas. Eu espero que aconteça a mesma coisa [neste ano]. O trabalho que nós estamos fazendo é para que isso aconteça de novo”, reforçou.

“Entendo a inquietação, faz parte. O mundo está nervoso por causa das eleições nos Estados Unidos, tem desaceleração na China, commodity está no vai e vem, mas com tendência de queda. Tem vários elementos que estão compondo esse quadro”.

Fazenda e Casa Civil chegam a consenso sobre revisão de gastos

Haddad ainda informou que o Ministério da Fazenda e a Casa Civil chegaram em um consenso sobre as medidas de revisão de gastos públicos, após reunião com o ministro Rui Costa nessa terça-feira (29/10).

Segundo ele, o foco, agora, é na redação da emenda constitucional. Ainda conforme o ministro, isso significa dar robustez jurídica para as medidas de corte de gastos. Porém, não há pressa para terminar o texto e apresentá-lo ao Congresso Nacional.

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