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Coronavírus: Correios limitam teletrabalho e reconvocam equipes

Empresa estatal revê regra que havia mandado trabalhar em casa pessoas que moram com quem está nos grupos de risco

atualizado

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Os empregados dos Correios estão recebendo nesta quarta-feira (25/03) mensagens avisando que as regras de teletrabalho na empresa estatal foram revistas, e sendo reconvocados ao trabalho presencial já a partir desta quinta (26/03). Até agora, a empresa, que emprega pouco mais de 100 mil pessoas em todo o Brasil, havia adotado regras mais abrangentes do que outras estatais para evitar a propagação do coronavírus, que incluíam o home office para funcionários idosos, com sintomas de gripe, doenças pré-existentes ou que moram na mesma casa de pessoas dos grupos de risco.

A regra está sendo limitada um dia após a convocação do presidente Jair Bolsonaro em rede nacional para que os brasileiros voltem ao trabalho, em um embate do governo federal com governadores, prefeitos e líderes do Congresso que defendem a quarentena rigorosa.

Os Correios foram incluídos pelo governo federal entre os serviços essenciais, que não podem ser interrompidos, mas a própria empresa vem fazendo mudanças operacionais para proteger suas equipes – cuidados que agora estão sendo flexibilizados.

Quem vive com pessoas do grupo de risco mas não está neles não tem mais o teletrabalho garantido.

“Dispensas para trabalho em residência (tele-trabalho [sic]) estritamente limitado aos casos previstos nos documentos da administração pública que versam sobre a situação do coronavírus”, diz o comunicado interno, que está sendo disparado por meios como o aplicativo WhatsApp.

O comunicado institui a possibilidade do trabalho remoto em sistema de rodízio, “com 50% do efetivo [trabalhando presencialmente] em cada turno”.

As novas regras vetam a gestores a permissão de alterar essa proporção. “Casos EXCEPCIONAIS (e como tais serão tratados) deverão ser apresentados ao Presidente da empresa”, diz o comunicado.

Até a tarde desta quarta, as redes sociais da empresa ainda estavam divulgando as regras agora revistas. Veja:

O endurecimento das regras ocorre em um momento em que sindicalistas e funcionários já estão se mobilizando para reclamar do que chamam de descaso da estatal com os contratados, com denúncias de falta de material de proteção.

Outro lado
Em resposta aos questionamentos do Metrópoles, os Correios informaram que “reiteram que estão seguindo a determinação do Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República, que define os serviços postais como essenciais. A empresa está atenta à proteção de empregados e clientes, com protocolos operacionais e profiláticos já disseminados desde a semana passada, baseados nas orientações do Ministério da Saúde”.

Entre as medidas, segundo a empresa, estão a disponibilização de álcool gel 70% em locais próximos às estações de trabalho e a intensificação de procedimentos de higienização e limpeza do ambiente e equipamentos.

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