1 de 1 Fachada do Banco Central em brasília
- Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles
O Comitê de Política Monetária (Copom) continua preocupado com os rumos da economia brasileira. Para frear a inflação, que é o aumento geral de preços, os membros do colegiado sinalizam que podem aprovar um novo reajuste para a Selic, taxa básica de juros do país.
Na próxima reunião, marcada para setembro, o Copom pretende subir os juros em mais 0,25 ponto porcentual, para 14% ao ano. Esta seria a 13ª alta consecutiva.
O Copom trata o assunto como “ajuste residual, de menor magnitude”. A principal preocupação é o aumento das despesas públicas, por exemplo, com pagamentos de benefícios sociais.
“O Comitê avaliará a necessidade de um ajuste residual, de menor magnitude, em sua próxima reunião. O Copom enfatiza que seguirá vigilante e que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para as metas”, diz o comunicado divulgado nesta quarta-feira (3/8).
Em sua última decisão, o Copom decidiu, por unanimidade, aumentar a Selic, taxa básica de juros do país, de 13,25% para 13,75% ao ano – alta de 0,5 ponto percentual. A informação foi anunciada pelo Banco Central no início da noite de quarta.
A estratégia é o principal instrumento do Banco Central para enfrentar a inflação e conter as consecutivas altas de preços. Ela é a ferramenta de política monetária do BC para estabilizar a moeda e tentar manter a inflação dentro da meta do governo. Além disso, norteia todas as operações da economia brasileira que envolvem juros, como empréstimos, aplicações financeiras e financiamentos.
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Inflação é o termo da economia utilizado para indicar o aumento generalizado ou contínuo dos preços de produtos ou serviços. Com isso, a inflação representa o aumento do custo de vida e a consequente redução no poder de compra da moeda de um país
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Em outras palavras, se há aumento da inflação, o dinheiro passa a valer menos. A principal consequência é a perda do poder de compra ao longo do tempo, com o aumento dos preços das mercadorias e a desvalorização da moeda
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Existem várias formas de medir a inflação, contudo, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o mais comum deles
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No Brasil, quem realiza a previsão da inflação e comunica a situação dela é o Banco Central. No entanto, para garantir a idoneidade das informações, a pesquisa dos preços de produtos, serviços e o cálculo é realizado pelo IBGE, que faz monitoramento nas principais regiões brasileiras
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De uma forma geral, a inflação pode apresentar causas de curto a longo prazo, uma vez que tem variações cíclicas e que também pode ser determinada por consequências externas
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No entanto, o que influencia diretamente a inflação é: o aumento da demanda; aumento ou pressão nos custos de produção (oferta e demanda); inércia inflacionária e expectativas de inflação; e aumento de emissão de moeda
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No bolso do consumidor, a inflação é sentida de formas diferentes, já que ela não costuma agir de maneira uniforme e alguns serviços aumentam bem mais do que outros
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Isso pode ser explicado pela forma de consumo dos brasileiros. Famílias que possuem uma renda menor são afetadas, principalmente, por aumento no preço de transporte e alimento. Por outro lado, alterações nas áreas de educação e vestuário são mais sentidas por famílias mais ricas
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Ao contrário do que parece, a inflação não é de todo mal. Quando controlada, é sinal de que a economia está bem e crescendo da forma esperada. No Brasil, por exemplo, temos uma meta anual de inflação para garantir que os preços fiquem controlados. O que não pode deixar, na verdade, é chegar na hiperinflação - quando o controle de todos os preços é perdido
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O que muda com a alta da Selic?
Empréstimos ficam mais caros;
Queda no consumo da população;
O Produto Interno Bruto (PIB) e os saldos de emprego e de renda também são impactados negativamente.
O Banco Central já elevou a taxa de juros 12 vezes desde março do ano passado, quando o número estava no menor patamar histórico, de 2%.
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