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Copom mantém taxa Selic em 13,75% ao ano

Banco Central mantém juros básicos da economia em meio a cenário externo adverso e políticas monetárias restritivas dos países desenvolvidos

atualizado

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vista aérea do Banco Central em Brasília
1 de 1 vista aérea do Banco Central em Brasília - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

Nesta quarta-feira (26/10), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. O Brasil vinha em cenário de deflação até o último Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), a prévia da inflação, voltar a aumentar 0,16% em outubro. 

Para a manutenção da taxa, o Copom considerou o ambiente “adverso e volátil”, com revisões negativas para o crescimento global. Há ainda um cenário inflacionário ao redor “enquanto o processo de normalização da política monetária nos países avançados prossegue na direção de taxas restritivas, tornando as condições financeiras mais apertadas”.

Porém, o BC avaliou positivamente os indicadores brasileiros, como desemprego e inflação, mesmo que o IPCA-15 tenha registrado alta de 0,16%, há um movimento de deflação da economia, como nos preços da indústria, como mostrou o IBGE, mas a autarquia avaliou que há um “ritmo “mais moderado de crescimento”.

O Boletim Focus desta segunda-feira (26/10)  publicado pelo Metrópoles projeta que o ano feche com a inflação em 5,60%, mantendo o viés de queda.

Vicente Guimarães, doutor em economia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ) e Ceo da VG Research, disse ao site que a manutenção do juros “era esperada pelo mercado e não efeitos práticos em termos de impactos na bolsa e nas taxas de renda fixa”. 

“Porém, a taxa de juros em 13,75% impacta diretamente o bolso do consumidor, uma vez que não há estímulo para tomar crédito e, portanto, há menos dinheiro circulando para aquisição de produtos e serviços. Esse é exatamente o objetivo do Banco Central ao elevar a taxa de juros ou mantê-la no patamar que está, fazendo com que o consumidor pise no freio em relação ao consumo, a fim de fazer os preços da economia caírem”, disse. 

“A atividade econômica possui hoje duas forças extremas. O estímulo fiscal  do Auxílio Brasil que ajuda a aumentar o consumo e por outro lado, a política do Banco Central que freia a atividade econômica”, explicou. 

“A expectativa é de uma economia mais fraca no quarto trimestre deste ano de continuidade na desaceleração ao longo do primeiro trimestre de 2023, o que pode levar ao Banco Central a reduzir a taxa de juros em meados de junho”, completou.

Histórico da Selic:

 

 

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