Governo do PR anuncia que privatizará Copel; ações sobem 20% na Bolsa
Fatia estatal da Copel, empresa de energia, deverá cair para 15%, e recursos da venda serão usados para investimentos no governo paranaense
atualizado
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A Copel, empresa paranaense de energia, anunciou hoje (21/11) que o governo deverá seguir com o plano de privatização. O objetivo, segundo o comunicado, é que o Estado reduza a sua participação para uma fatia de, no máximo, 15%, tornando a empresa uma corporação – ou seja, uma companhia com controle pulverizado, assim como são Vale e Eletrobras, por exemplo.
Após o anúncio da privatização, as ações da Copel na Bolsa de Valores, negociadas sob o código CPLE6, registram alta de mais de 20%, na liderança do Ibovespa, principal índice do mercado.
A alta se deve, primeiro, a uma expectativa de valorização da empresa após a privatização. E segundo porque, em processos em que o acionista controlador se desfaz de parte da sua fatia, é necessário que ele oferte aos acionistas minoritários uma condição para que eles também vendam seus papeis. Essa condição costuma englobar um “prêmio” em relação ao preço médio das ações.
Condições para a privatização
Segundo o comunicado da Copel, o governo paranaense, sob o comando do governador reeleito Ratinho Júnior (PSD), impôs algumas condições para a venda. Nenhum outro acionista poderá ter mais de 10% do capital votante da empresa de energia e o Estado terá o poder de veto para decisões tomadas em assembleia – tal mecanismo é chamado de golden share pelo mercado.
Para que a Copel seja, de fato, privatizada, será necessário um crivo da Assembleia Legislativa do Paraná e do Tribunal de Contas do Estado do Paraná.