Conta de luz impulsiona maior inflação para junho desde 2018
Indicador acumula alta de 3,77% no ano. Nos últimos 12 meses, a taxa alcança 8,35% — a maior para o período desde 2016
atualizado
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A inflação de junho registrou o maior resultado desde 2018. A taxa ficou em 0,53% no mês passado, após avanço de 0,83% em maio.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (8/7).
Com isso, o indicador acumula alta de 3,77% no ano. Nos últimos 12 meses, a taxa alcança 8,35% — a maior para o período desde setembro de 2016, quando registrou 8,48%.
O resultado deixa a inflação acumulada em 12 meses ainda mais acima do teto da meta do governo para o ano. O centro da meta é de 3,75% em 2021, podendo variar entre 2,25% e 5,25%.
Segundo o IBGE, a alta da energia elétrica puxou para cima a inflação. Mas não fica somente neste aspecto. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta em junho (veja lista abaixo).
O maior impacto na inflação de junho veio do grupo habitação (1,10%), principalmente, por causa da energia elétrica (1,95%).
Embora tenha desacelerado em relação ao mês anterior (5,37%), a conta de luz teve o maior impacto individual no índice do mês, respondendo por 0,09 ponto percentual do IPCA de junho.
Mais uma vez, o maior impacto veio da gasolina, que subiu 0,69% em junho, depois de um aumento de 2,87% em maio. Os preços do etanol (2,14%) e do óleo diesel (1,10%) e do gás veicular (0,16%) também registraram alta.
Veja o resultado para cada um dos grupos pesquisados:
- Alimentação e bebidas: 0,43%
- Habitação: 1,10%
- Artigos de residência: 1,09%
- Vestuário: 1,21%
- Transportes: 0,41%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,51%
- Despesas pessoais: 0,29%
- Educação: 0,05%
- Comunicação: -0,12%