Construção civil eleva previsão de crescimento de 2% para 7% neste ano
Em 2021, a alta do PIB setorial havia sido de 10%. Para 2023, entidade projeta um aumento menor, mas, ainda assim, expressivo, de 2,4%
atualizado
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O setor da construção civil deve fechar 2022 com crescimento de 7% no PIB setorial. A previsão inicial, no entanto, era de 2% para o ano. A estimativa foi divulgada nesta terça-feira (6/12) pelo Sindicato da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP).
O avanço do segmento ocorre sobre uma base forte. Em 2021, a alta havia sido de 10%. Para 2023, a entidade projeta um aumento menor. A elevação do setor deve ficar 2,4%. Mas, se a expectativa é de queda em relação a 2022, comparada ao país como um todo, a projeção ainda assim é expressiva. O PIB brasileiro deve crescer apenas 0,6% no próximo ano.
De acordo com o Sinduscon-SP, o ciclo de negócios vem se sustentando ao longo de 2022, a despeito de uma conjuntura adversa, marcada pela elevação da taxa básica de juros, a Selic, que afeta o financiamento das residências, assim como pelo preços dos imóveis.
“O que se nota é que o setor ainda se sustenta em um patamar bastante elevado de crescimento”, afirmou Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos de Construção do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre). Na avaliação de Ana Maria, o resultado melhor do que o previsto para este ano é consequência, entre outros aspectos, de melhorias nos indicadores de emprego e de renda.
Entre janeiro e setembro, as vendas de imóveis novos cresceram 7,9% na comparação com o mesmo período de 2021. Os imóveis de menor preço, contudo, apresentaram queda de 1,2%. Nos nove primeiros meses deste ano, os lançamentos em geral avançaram 4,3%. No segmento econômico, a elevação ficou em 0,6%. Mesmo no programa Casa Verde e Amarela, voltado para a população de renda mais baixa, as faixas que mais cresceram foram as mais altas, com renda familiar de até R$ 8 mil.