Conflito Irã x EUA: Campos Neto evita falar de impacto no Brasil
Presidente do BC diz que instituição, no máximo, está atenta aos possíveis efeitos da tensão no Golfo Pérsico na economia brasileira
atualizado
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O presidente do Banco Central, Roberto de Oliveira Campos Neto, evitou fazer projeções sobre possíveis impactos do conflito entre os Estados Unidos e o Irã na economia brasileira e disse que o papel da instituição é estar vigilante sobre a forma que variáveis macroeconômicas afetam as projeções internas.
Ele citou o exemplo do preço do petróleo, que não apresentou alteração diante do agravamento da tensão no Golfo Pérsico.
“O Banco Central não pode fazer previsões sobre o que vai ocorrer com o conflito. É olhar o impacto do conflito nas variáveis econômicas e como nós entendemos que as variáveis macroeconômicas influenciam as nossas projeções”, disse Campos Neto.
“É o máximo que eu posso falar, porque se nós olharmos para esse conflito recente com o Irã, no primeiro dia tinham notícias de que o petróleo poderia subir muito e agora mais recentemente está abaixo do que estava antes do início da crise”, destacou.
Antes, ele havia mencionado a influência do contexto internacional em dois fatores dentro do Brasil no ano de 2019, como o aumento do preço da carne, provocado pela demanda da China sobre o produto brasileiro, e a alta do preço do petróleo. Segundo Campos Neto, o governo está atento ao efeitos.
“Para o BC, é importante como isso afeta os canais de transmissão”, enfatizou Campos Neto.