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Conflito entre Rússia e Ucrânia pode afetar o seu bolso. Entenda

Especialistas consultados pelo Metrópoles analisaram como a situação internacional irá afetar o mercado de combustíveis no país

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1 de 1 posto-de-gasolina - Foto: Vinicius Schmidt/Metrópoles

O preço do barril de petróleo disparou com os bombardeios russos à Ucrânia. O conflito entre os dois países impacta diretamente o mercado de combustíveis no Brasil. Se a crise se prolongar, o consumidor deve preparar o bolso para pagar mais caro pelo litro da gasolina, por exemplo.

Especialistas consultados pelo Metrópoles analisaram a situação internacional. Caso persista a conjuntura de alta do dólar e do barril de petróleo, os preços sofrerão reajustes, avaliam.

Ainda não é possível fazer uma projeção de valores. Contudo, a política de Paridade de Preços Internacionais (PPI) praticada pela Petrobras se baseia na tendência de preços do mercado.

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)
No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo
O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis
Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado
A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível
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O preço da gasolina tem uma explicação! Alguns índices são responsáveis pelo valor do litro de gasolina, que é repassado ao consumidor na hora de abastecer

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Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS)

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No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá por uma porcentagem em cima de cada tributo

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O preço na bomba incorpora a carga tributária e a ação dos demais agentes do setor de comercialização, como importadores, distribuidores, revendedores e produtores de biocombustíveis

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Além do lucro da Petrobras, o valor final depende das movimentações internacionais em relação ao custo do petróleo, e acaba sendo influenciado diretamente pela situação do real – se mais valorizado ou desvalorizado

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A composição, então, se dá da seguinte forma: 27,9% – tributo estadual (ICMS); 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins); 32,9% – lucro da Petrobras; 15,9% – custo do etanol presente na mistura e 11,7% – distribuição e revenda do combustível

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O disparo da moeda americana no câmbio, por exemplo, encarece o preço do combustível e pode ser considerado o principal vilão para o bolso do consumidor, uma vez que o Brasil importa petróleo e paga em dólar o valor do barril, que corresponde a mais de R$ 400 na conversão atual

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A alíquota do ICMS, que é estadual, varia de local para local, mas, em média, representa 78% da carga tributária sobre álcool e diesel, e 66% sobre gasolina, segundo estudos da Fecombustíveis

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As sanções econômicas impostas à Rússia na tentativa de barrar o conflito também terão impacto no mercado. A Rússia é o terceiro maior produtor de petróleo do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos e da Arábia Saudita.

Professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro e doutor em geologia do petróleo, René Rodrigues explica que a crise político-diplomática deve desencadear um aumento dos combustíveis de forma geral.

“Não sabemos como vai seguir essa tendência de conflito. Se continuar, o preço [dos combustíveis] vai subir. É um desastre para nós consumidores”, descreve.

Ele faz uma ressalva: a disparada dos preços penaliza o consumidor. O caixa da Petrobras, empresa que mantém o domínio no mercado nacional de combustíveis, lucra.

Nesta quinta-feira (24/2), logo após o anúncio da invasão militar na Rússia, o preço do barril do petróleo ultrapassou os US$ 105 pela primeira vez em oito anos. A última disparada do tipo ocorreu em 2014.

O consultor de investimentos Eduardo Moreira alerta para o efeito dobrado que pode ocorrer no mercado de combustíveis.

“O efeito é dobrado: o preço do barril subindo e o dólar subindo frente ao real. Vamos aguardar o desdobramento dos próximos dias para ver se os preços seguirão nestes novos patamares ou recuarão – situação que parece, hoje, improvável”, pontua.

Os ataques

Na Ucrânia, há registros de ataques vindos da Bielorrússia e Crimeia, região anexada pela Rússia. Militares ucranianos afirmam ter abatido cinco aviões russos, além de um helicóptero, na região de Luhansk, um dos dois territórios separatistas da Ucrânia.

Putin alertou para que nenhum outro país interfira na ofensiva russa na região separatista da Ucrânia. “Quem tentar interferir ou criar ameaças para o nosso país e nosso povo deve saber que a resposta da Rússia será imediata e levará a consequências como nunca antes experimentado na história.”

Na manhã desta quinta, uma segunda onda de mísseis teria atingido a Ucrânia. O governo ucraniano fala em oito mortos e diz que está respondendo aos ataques.

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